De Povos Indígenas no Brasil
 
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As informações apresentadas a seguir são parte do trabalho de <htmltag href="http://www.socioambiental.org/prg/mon.shtm" tagname="a" target="_blank">Monitoramento das Terras Indígenas</htmltag> que o <htmltag href="http://www.socioambiental.org/" tagname="a" target="_blank">Instituto Socioambiental</htmltag> realiza desde 1983. Essa pesquisa possibilitou organizar a relação das terras reconhecidas para ocupação dos isolados, e também as terras que, embora demarcadas e homologadas para outros povos, abrigam grupos isolados, assim como as referências de indígenas isolados nas diversas regiões da Amazônia e sobre um pequeno grupo na região de Goiás/Noroeste de Minas Gerais. Estas informações são provenientes da relação elaborada no Encontro de 1986, atualizada permanentemente por pesquisadores e confrontadas com a lista elaborada pela Coordenação Geral de Índios Isolados e Recém Contatados (CGIIRC-Funai).
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As informações apresentadas a seguir são parte do trabalho de monitoramento de Terras Indígenas iniciado em 1983 pelo Centro Ecumênico de Documentação e Informação (Cedi) e seguido pelo <htmltag href="http://www.socioambiental.org/" tagname="a" target="_blank">Instituto Socioambiental</htmltag> desde sua fundação. Essa pesquisa possibilitou organizar a relação das terras reconhecidas para ocupação dos isolados, e também as terras que, embora demarcadas e homologadas para outros povos, abrigam grupos isolados, assim como as referências de indígenas isolados nas diversas regiões da Amazônia e sobre um pequeno grupo na região de Goiás/Noroeste de Minas Gerais. Estas informações são provenientes da relação elaborada no Encontro de 1986, atualizada permanentemente por pesquisadores e confrontadas com a lista elaborada pela Coordenação Geral de Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (CGIIRC-Funai).
  
 
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<caption>Referências de índios isolados fora de TIs reconhecidas</caption>
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<td>Arama/Inauini  </td>
 
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<td>Os [[Povo:Jamamadi|Jamamadi]] do Purus e uma familia katukina que mora no igarapé Kanamari deram informações sobre a presença de um grupo isolado na região do Inauini. Em outubro de 1985, alguns desses índios teriam aparecido no outro lado do igarapé, em frente à moradia da família katukina, no município de Pauini/AM.</td>
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<td>Os [[Povo:Jamamadi|Jamamadi]] do Purus e uma familia katukina que mora no igarapé Kanamari deram informações sobre a presença de um grupo isolado na região do Inauini. Em outubro de 1985, alguns desses indígenas teriam aparecido no outro lado do igarapé, em frente à moradia da família katukina, no município de Pauini/AM.</td>
 
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<td>Isolados Awá-Guajá</td>
 
<td>Isolados Awá-Guajá</td>
<td>Fala-se da existência de pequenos grupos nas serras que formam o rio Farinha e Lageado (oeste do Maranhão). Em 1998, o sertanista Wellington Figueiredo fez o resgate de uma família awá no limite da Terra Indígena Awá e a reserva Biológica do Gurupi (região do Igarapé Mão de Onça). Em 2006, na estada do sertanista no PIN Juriti, o homem que faz parte do grupo que ele mesmo resgatou veio lhe cobrar que fossem buscar seu irmão que lá teria permanecido (dados de agosto de 2006).</td>
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<td>Fala-se da existência de pequenos grupos nas serras que formam o rio Farinha e Lageado (oeste do Maranhão). Em 1998, o sertanista Wellington Figueiredo fez o resgate de uma família awá no limite da Terra Indígena Awá e a Reserva Biológica do Gurupi (região do Igarapé Mão de Onça). Em 2006, na estada do sertanista no PIN Juriti, o homem que faz parte do grupo que ele mesmo resgatou veio lhe cobrar que fossem buscar seu irmão que lá teria permanecido (dados de agosto de 2006).</td>
 
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<td>Isolados na Cabeceira do rio Cuniá</td>
 
<td>Isolados na Cabeceira do rio Cuniá</td>
<td>A Funai criou um GT com objetivo de realizar expedições de localização e monitoramento de índios isolados na cabeceira do rio Cuniá, no Amazonas no período de 09/07/2013 a 22/08/2013  (DOU, 18/07/2013)</td>
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<td>A Funai criou um GT com objetivo de realizar expedições de localização e monitoramento de indígenas isolados na cabeceira do Rio Cuniá, no Amazonas no período de 09/07/2013 a 22/08/2013  (DOU, 18/07/2013)</td>
 
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<td>Isolados do rio Liberdade</td>
 
<td>Isolados do rio Liberdade</td>
<td>Há anos os Metuktire dizem que existem Kaiapó "brabo" na região do Rio Liberdade, onde encontraram vestígios desses índios. Parece ser o mesmo grupo que foi visto pelos Metuktire na Cachoeira Von Martius, poucas horas do rio Liberdade. Foram vistos três índios de cabelos compridos que flecharam os Metuktire, com uma flecha igual a dos Kaiapó (dia 25/10/1990). Nos municípios de Luciara e Vila Rica/MT e talvez em São Felix do Xingu. Segundo o antropólogo Gustaaf Verswijver, que tem trabalhado com os Kayapó, hoje perambulam entre a região do rio Liberdade que cada dia tem sofrido mais desmatamento e a TI Mekragnoti (dados de novembro de 2005).</td>
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<td>Há anos os Metuktire dizem que existem Kaiapó "brabo" na região do Rio Liberdade, onde encontraram vestígios desses indígenas. Parece ser o mesmo grupo que foi visto pelos Metuktire na Cachoeira Von Martius, poucas horas do rio Liberdade. Foram vistos três indígenas de cabelos compridos que flecharam os Metuktire, com uma flecha igual a dos Kaiapó (dia 25/10/1990). Nos municípios de Luciara e Vila Rica/MT e talvez em São Felix do Xingu. Segundo o antropólogo Gustaaf Verswijver, que tem trabalhado com os Kayapó, hoje perambulam entre a região do rio Liberdade que cada dia tem sofrido mais desmatamento e a TI Mekragnoti (dados de novembro de 2005).</td>
 
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<td>Isolados do Rio Muqui</td>
 
<td>Isolados do Rio Muqui</td>
<td>A Rio Muqui teve restrição de uso da Funai até o ano 2000 e, com a ocupação e desmatamento desta área, provavelmente os índios encontram-se na TI Uru-Eu-Wau-Wau.</td>
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<td>A Rio Muqui teve restrição de uso da Funai até o ano 2000 e, com a ocupação e desmatamento desta área, provavelmente os indígenas encontram-se na TI Uru-Eu-Wau-Wau.</td>
 
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<td>Isolados do Igarapé Muriru e Pacutinga  </td>
 
<td>Isolados do Igarapé Muriru e Pacutinga  </td>
<td>Localizados entre os rios Juruena e Aripuanã, no município de Aripuanã/MT. Os índios Rikbaktsa dizem que já tiveram contato com esse grupo que denominam ''Yakara Waktá'' (moradores do mato). São 20 a 30 índios que se deslocam para o Aripuanã na época seca. Pelos vestígios (alimentação) poderiam ser um subgrupo apiaká. Em 1985, o jesuíta Balduino Loebens, em sobrevôo, localizou suas roças. Esse mesmo missionário disse que, em 1984, um picadeiro da colonizadora Cotriguaçu encontrou esses índios. Segundo o antropólogo Rinaldo Arruda, o grupo foi visto na TI Escondido, habitado pelos Rikbaktsa.</td>
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<td>Localizados entre os rios Juruena e Aripuanã, no município de Aripuanã/MT. Os indígenas Rikbaktsa dizem que já tiveram contato com esse grupo que denominam ''Yakara Waktá'' (moradores do mato). São 20 a 30 indígenas que se deslocam para o Aripuanã na época seca. Pelos vestígios (alimentação) poderiam ser um subgrupo apiaká. Em 1985, o jesuíta Balduino Loebens, em sobrevôo, localizou suas roças. Esse mesmo missionário disse que, em 1984, um picadeiro da colonizadora Cotriguaçu encontrou esses indígenas. Segundo o antropólogo Rinaldo Arruda, o grupo foi visto na TI Escondido, habitado pelos Rikbaktsa.</td>
 
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<td>Isolados do rio Tapirapé</td>
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<td>Isolados do Rio Tapirapé</td>
<td>Esses índios vivem nas cabeceiras do rio Tapirapé, afluente da margem esquerda do rio Itacaunas, no município de Senador José Porfírio/PA. Poderia ser o mesmo grupo a que os Xikrin do Cateté se referem ao norte do limite da TI do Cateté, na região da Flona Itacaiunas e Flona Tapirapé.</td>
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<td>Esses indígenas vivem nas cabeceiras do rio Tapirapé, afluente da margem esquerda do rio Itacaunas, no município de Senador José Porfírio/PA. Poderia ser o mesmo grupo a que os Xikrin do Cateté se referem ao norte do limite da TI do Cateté, na região da Flona Itacaiunas e Flona Tapirapé.</td>
 
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<td>Isolados Kayapó Pituiaro (Rio Meruré)</td>
 
<td>Isolados Kayapó Pituiaro (Rio Meruré)</td>
<td>Esse grupo kaiapó tem o nome do homem mais velho que o conduziu separadamente quando, em 1950, os Kuben Kran Kren se dispersaram em meio a um ataque dos Kokraimoro. Este grupo perambula entre a região do rio Merure e a área Kuben Kran Ken, município de Altamira/PA. Em agosto de 1977, o antropólogo Gustaaf Verswijver, ao sair da aldeia, num vôo para Santana do Araguaia, avistou uma aldeia dos Pituiaro à margem do rio Merure – um círculo de cinco a seis casas do tipo tradicional kaiapó, encravado numa serra. Verswijver disse, em novembro de 2005, ser impossível a presença desses índios na região do rio Meruré, pois está muito desmatada. Ele acredita que eles podem ter se refugiado na TI Kayapó, no sudeste do Gorotire ou ao sul do Kuben-Kran-Kren.</td>
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<td>Esse grupo kaiapó tem o nome do homem mais velho que o conduziu separadamente quando, em 1950, os Kuben Kran Kren se dispersaram em meio a um ataque dos Kokraimoro. Este grupo perambula entre a região do rio Merure e a área Kuben Kran Ken, município de Altamira/PA. Em agosto de 1977, o antropólogo Gustaaf Verswijver, ao sair da aldeia, num vôo para Santana do Araguaia, avistou uma aldeia dos Pituiaro à margem do rio Merure – um círculo de cinco a seis casas do tipo tradicional kayapó, encravado numa serra. Verswijver disse, em novembro de 2005, ser impossível a presença desses indígenas na região do Rio Meruré, pois está muito desmatada. Ele acredita que eles podem ter se refugiado na TI Kayapó, no sudeste do Gorotire ou ao sul do Kuben-Kran-Kren.</td>
 
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<td>Isolados Kayapó Pu´ro   </td>
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Esse gru            po se formou em 1940, quando 25 índios partidários do chefe Tapiete deixaram a aldeia Mekragnoti, nunca mais retornando. Os Megranoti atuais se referem a esse grupo como os ''Pu´ro''. Segundo o antropólogo Gustaaf Verswijver, em novembro de 2005, eles não se encontram mais na região que está muito desmatada. Verswijver soube pelos Mekrãgnoti da aldeia Pukanu, que dizem ter ouvido de kubens (brancos) que, há uns dois ou três anos, quatro homens desse grupo foram mortos, (provavelmente por madeireiros). Esta é uma notícia preocupante, principalmente porque deve ser um grupo pequeno. Esses sobreviventes parecem estar nos limites norte da TI Mekragnoti.
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Esse grupo se formou em 1940, quando 25 indígenas partidários do chefe Tapiete deixaram a aldeia Mekrãgnoti, nunca mais retornando. Os Mekrãgnoti atuais se referem a esse grupo como os ''Pu'ro''. Segundo o antropólogo Gustaaf Verswijver, em novembro de 2005, eles não se encontram mais na região que está muito desmatada. Verswijver soube pelos Mekrãgnoti da aldeia Pukanu, que dizem ter ouvido dos kuben (não indígenas) que, há uns dois ou três anos, quatro homens desse grupo foram mortos, (provavelmente por madeireiros). Esta é uma notícia preocupante, principalmente porque deve ser um grupo pequeno. Esses sobreviventes parecem estar nos limites norte da TI Mekragnoti.
 
              
 
              
 
Em 2005 foi criada nesta região a Estação Ecológica Terra do Meio.
 
Em 2005 foi criada nesta região a Estação Ecológica Terra do Meio.
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<td>Isolados do Karipuninha</td>
 
<td>Isolados do Karipuninha</td>
<td>Rieli Franciscato, indigenista da Funai, disse na década de 1990, que moradores da região do rio Karipuninha não têm coragem de subir o rio no rumo de suas cabeceiras, devido aos inúmeros vestígios de índios "brabos" que lá encontram. O rio Karipuninha é afluente da margem esquerda do rio Madeira, a aproximadamente 100 km rio acima a partir de Porto Velho, e suas cabeceiras ficam próximas à divisa de Rondônia e o estado do Amazonas.</td>
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<td>Rieli Franciscato, indigenista da Funai, disse na década de 1990, que moradores da região do rio Karipuninha não têm coragem de subir o rio no rumo de suas cabeceiras, devido aos inúmeros vestígios de indígenas "brabos" que lá encontram. O Rio Karipuninha é afluente da margem esquerda do rio Madeira, a aproximadamente 100 km rio acima a partir de Porto Velho, e suas cabeceiras ficam próximas à divisa de Rondônia e o estado do Amazonas.</td>
 
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<td>Isolados do Bararati </td>
 
<td>Isolados do Bararati </td>
<td>Referência sobre a existência de índios isolados no rio Bararati e margem esquerda do rio Juruena, próximo do limite com o Mato Grosso (municípios de Apuí e Sucurundi/AM - informação da CGII-Funai).</td>
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<td>Referência sobre a existência de indígenas isolados no Rio Bararati e margem esquerda do Rio Juruena, próximo do limite com o Mato Grosso (municípios de Apuí e Sucurundi/AM - informação da CGII-Funai).</td>
 
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<td>Wajãpi isolados do Alto Amapari</td>
 
<td>Wajãpi isolados do Alto Amapari</td>
<td>A antropóloga Dominique Gallois informou em 1990 que, desde 1987, garimpeiros da Perimetral Norte informam terem encontrado, repetias vezes, vestígios da presença de um grupo isolado na região dos formadores do rio Amapari. De acordo com os Wajãpi do Amapari trata-se dos remanescente do subgrupo "Amapari Wan", que se separou dos demais há cerca de 50 anos. Membros desse mesmo grupo vivem na aldeia Mariry e na aldeia Camopi (Guiana Francesa). A região dos isolados fica dentro do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque e às vezes esses índios se deslocam para a Guiana Francesa. Em 2003, os Wajãpi do Camopi acharam uma roça desses índios no rio Muturá.</td>
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<td>A antropóloga Dominique Gallois informou em 1990 que, desde 1987, garimpeiros da Perimetral Norte informam terem encontrado, repetias vezes, vestígios da presença de um grupo isolado na região dos formadores do rio Amapari. De acordo com os Wajãpi do Amapari trata-se dos remanescente do subgrupo "Amapari Wan", que se separou dos demais há cerca de 50 anos. Membros desse mesmo grupo vivem na aldeia Mariry e na aldeia Camopi (Guiana Francesa). A região dos isolados fica dentro do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque e às vezes esses indígenas se deslocam para a Guiana Francesa. Em 2003, os Wajãpi do Camopi acharam uma roça desses indígenas no Rio Muturá.</td>
 
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<td>Wajãpi isolados do Ipitinga  </td>
 
<td>Wajãpi isolados do Ipitinga  </td>
<td>Segundo a antropóloga Dominique Gallois, os índios que vivem no Parque Indígena do Tumucumaque, falam desses índios Wajãpi que vivem próximos do Parque, no município de Almeirim, no Pará.</td>
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<td>Segundo a antropóloga Dominique Gallois, os indígenas que vivem no Parque Indígena do Tumucumaque, falam desses indígenas Wajãpi que vivem próximos do Parque, no município de Almeirim, no Pará.</td>
 
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Edição atual tal como às 10h49min de 8 de janeiro de 2024

Onde estão os isolados

As informações apresentadas a seguir são parte do trabalho de monitoramento de Terras Indígenas iniciado em 1983 pelo Centro Ecumênico de Documentação e Informação (Cedi) e seguido pelo Instituto Socioambiental desde sua fundação. Essa pesquisa possibilitou organizar a relação das terras reconhecidas para ocupação dos isolados, e também as terras que, embora demarcadas e homologadas para outros povos, abrigam grupos isolados, assim como as referências de indígenas isolados nas diversas regiões da Amazônia e sobre um pequeno grupo na região de Goiás/Noroeste de Minas Gerais. Estas informações são provenientes da relação elaborada no Encontro de 1986, atualizada permanentemente por pesquisadores e confrontadas com a lista elaborada pela Coordenação Geral de Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato (CGIIRC-Funai).

Isolados em TIs reconhecidas para eles

Isolados em TIs reconhecidas para eles
Terras Indígenas Estado Situação Jurídica
Alto Tarauacá obs: Xinane e Igarapé D'ouro AC Homologada Registrada
Cabeceiras dos Rios Muru e Boiaçu AC Em identificação
Hi Merimã AM Homologada
Igarapé Taboca do Alto Tarauacá AC Com restrição de uso
Ituna/Itatá PA Com restrição de uso
Jacareuba/Katawixi obs.: quase integralmente dentro do Parque Nacional Mapinguari e com uma pequena parte dentro da Resex Ituxi AM Com restrição de uso
Kawahiva do Rio Pardo MT Declarada
Massaco RO Homologada registrada
Piripkura obs.: chamados de Piripkura pelos indígenas Gavião da TI Igarapé Lourdes, esses indígenas se localizam na área entre os rios Branco e Madeirinha, afluentes do Roosevelt/MT. Já foram contatados dois indígenas, e parece existir mais um grupo sem contato de cerca 17 pessoas. MT Com restrição de uso
Pirititi RR Com restrição de uso
Riozinho do Alto Envira AC Declarada
Tanaru RO Com restrição de uso

TIs reconhecidas para outros povos, também habitadas por povos isolados

TIs reconhecidas para outros povos, também habitadas por povos isolados
Terras indígenas Isolados Estado Situação Jurídica
Apiaká do Pontal e Isolados (Apiaká) Em 1984, o antropólogo Eugenio Wenzel, que viveu mais de 15 anos com os indígenas Apiaká, informou que havia notícias sobre a existência de um grupo de Apiaká que, depois de viver em contato com a sociedade regional e sofrer massacres no período da borracha no início do século 20, fugiu, afastando-se das margens dos rios maiores. Localiza-se na região dos rios Ximari e Matrinxã, entre os rios Teles Pires e Juruena, no município de Apiacás/MT e Apui/AM. MT e AM Identificada e aprovada pela Funai
Apiaká-Kayabi (Apiaká, Kaiabi) MT Homologada e registrada
Alto Turiaçu (Ka'apor e Tembé) Guajá isolados, no igarapé Jararaca MA Homologada e registrada
Arara do Rio Branco MT Homologada e registrada
Araribóia (Guajajara) Guajá isolados MA Homologada e registrada
Aripuanã (Cinta Larga) MT/RO Homologada e registrada
Avá-Canoeiro
(Avá-Canoeiro)
GO Declarada
Cabeceira do Rio Acre
(Yaminawá)
Na época do verão, os Jaminawa e Machineri que sobem o Rio Iaco procurando ovos de tracajá, têm encontrado esses indígenas entre o Rio Iaco e as cabeceiras do Rio Acre (FUNAI: 86). AC Homologada e registrada
Caru (Guajajara) Isolados Guajá no Oeste da TI MA Homologada e registrada
Escondido
(Rikbaktsa)
MT Homologada e registrada
Kampa e Isolados do Rio Envira (Ashaninka) No Igarapé Xinane e Imbuia AC Homologada
Kaxinawá do Rio Humaitá AC Homologada e registrada
Kayapó Isolados Pituiaro, do grupo Kayapó PA Homologada e registrada
Kaxuyana-Tunayana 3 referências de isolados AM/PA Identificada e aprovada pela Funai
Koatinemo (Asurini) Isolados PA Homologada e registrada
Menkragnoti Isolados Mengra Mrari, grupo kayapó, que se separou dos Gorotire em 1938. PA Homologada e registrada
Mamoadate (Yaminawa e Manchineri) Isolados Masko, no verão circulam entre os rios Mamoadate e cabeceiras do Rio Purus. São chamados de Masho-Piro, no Peru. AC Homologada e registrada
Rio Paru d'Este Wayana e Aparai PA Homologada e registrada
Rio Tea Isolados Maku AM Homologada e registrada
Tenharim/Marmelos (Tenharim) Os Tenharim dizem que existem parentes seus isolados nas cabeceiras do Rio Marmelos, no extremo sul da área. AM Homologada e registrada
Trombetas/Mapuera (Wai Wai) Isolados Karafawyana RR/AM/PA Homologada
Tumucumaque (Tiriyó, Katxuyana, Wayana e Apalai) PA/AP Homologada e registrada
Uru Eu Wau Wau Há pelo menos três grupos isolados. RO Homologada e registrada
Vale do Javari Vários grupos isolados: no Igarapé Nauá, Ig. Alerta, Ig. Urucubaca, Ig. Inferno, Ig. Lambança, Ig. São Salvador, Ig. Cravo, Rio Itaquaí e Rio Ituí. AM Homologada e registrada
Waimiri Atroari Isolados Piriutiti dentro e fora da TI. RR/PA Homologada
Xikrin do Catete (Xikrin) Segundo a antropóloga Isabelle Giannini, os Xikrin dizem que ao norte da TI, na região do Rio Cinzento, vivem indígenas iguais aos que encontraram em 1987 em suas terras, um grupo de Araweté isolados. PA Homologada e registrada
Yanomami (Yanomami) Moxi hatëtëma thëpë, nome atribuído por alguns Yanomami a esses isolados. AM/RR Homologada e registrada

Referências de povos isolados fora de TIs reconhecidas

Referências de povos isolados fora de TIs reconhecidas
Povo Localidade
Arama/Inauini Os Jamamadi do Purus e uma familia katukina que mora no igarapé Kanamari deram informações sobre a presença de um grupo isolado na região do Inauini. Em outubro de 1985, alguns desses indígenas teriam aparecido no outro lado do igarapé, em frente à moradia da família katukina, no município de Pauini/AM.
Isolados Avá-Canoeiro Na região do Noroeste de Goiás.
Isolados Awá-Guajá Fala-se da existência de pequenos grupos nas serras que formam o rio Farinha e Lageado (oeste do Maranhão). Em 1998, o sertanista Wellington Figueiredo fez o resgate de uma família awá no limite da Terra Indígena Awá e a Reserva Biológica do Gurupi (região do Igarapé Mão de Onça). Em 2006, na estada do sertanista no PIN Juriti, o homem que faz parte do grupo que ele mesmo resgatou veio lhe cobrar que fossem buscar seu irmão que lá teria permanecido (dados de agosto de 2006).
Isolados na Cabeceira do rio Cuniá A Funai criou um GT com objetivo de realizar expedições de localização e monitoramento de indígenas isolados na cabeceira do Rio Cuniá, no Amazonas no período de 09/07/2013 a 22/08/2013 (DOU, 18/07/2013)
Isolados do rio Liberdade Há anos os Metuktire dizem que existem Kaiapó "brabo" na região do Rio Liberdade, onde encontraram vestígios desses indígenas. Parece ser o mesmo grupo que foi visto pelos Metuktire na Cachoeira Von Martius, poucas horas do rio Liberdade. Foram vistos três indígenas de cabelos compridos que flecharam os Metuktire, com uma flecha igual a dos Kaiapó (dia 25/10/1990). Nos municípios de Luciara e Vila Rica/MT e talvez em São Felix do Xingu. Segundo o antropólogo Gustaaf Verswijver, que tem trabalhado com os Kayapó, hoje perambulam entre a região do rio Liberdade que cada dia tem sofrido mais desmatamento e a TI Mekragnoti (dados de novembro de 2005).
Isolados do Rio Muqui A Rio Muqui teve restrição de uso da Funai até o ano 2000 e, com a ocupação e desmatamento desta área, provavelmente os indígenas encontram-se na TI Uru-Eu-Wau-Wau.
Isolados do Igarapé Muriru e Pacutinga Localizados entre os rios Juruena e Aripuanã, no município de Aripuanã/MT. Os indígenas Rikbaktsa dizem que já tiveram contato com esse grupo que denominam Yakara Waktá (moradores do mato). São 20 a 30 indígenas que se deslocam para o Aripuanã na época seca. Pelos vestígios (alimentação) poderiam ser um subgrupo apiaká. Em 1985, o jesuíta Balduino Loebens, em sobrevôo, localizou suas roças. Esse mesmo missionário disse que, em 1984, um picadeiro da colonizadora Cotriguaçu encontrou esses indígenas. Segundo o antropólogo Rinaldo Arruda, o grupo foi visto na TI Escondido, habitado pelos Rikbaktsa.
Isolados do Rio Tapirapé Esses indígenas vivem nas cabeceiras do rio Tapirapé, afluente da margem esquerda do rio Itacaunas, no município de Senador José Porfírio/PA. Poderia ser o mesmo grupo a que os Xikrin do Cateté se referem ao norte do limite da TI do Cateté, na região da Flona Itacaiunas e Flona Tapirapé.
Isolados Kayapó Pituiaro (Rio Meruré) Esse grupo kaiapó tem o nome do homem mais velho que o conduziu separadamente quando, em 1950, os Kuben Kran Kren se dispersaram em meio a um ataque dos Kokraimoro. Este grupo perambula entre a região do rio Merure e a área Kuben Kran Ken, município de Altamira/PA. Em agosto de 1977, o antropólogo Gustaaf Verswijver, ao sair da aldeia, num vôo para Santana do Araguaia, avistou uma aldeia dos Pituiaro à margem do rio Merure – um círculo de cinco a seis casas do tipo tradicional kayapó, encravado numa serra. Verswijver disse, em novembro de 2005, ser impossível a presença desses indígenas na região do Rio Meruré, pois está muito desmatada. Ele acredita que eles podem ter se refugiado na TI Kayapó, no sudeste do Gorotire ou ao sul do Kuben-Kran-Kren.
Isolados Kayapó Pu'ro

Esse grupo se formou em 1940, quando 25 indígenas partidários do chefe Tapiete deixaram a aldeia Mekrãgnoti, nunca mais retornando. Os Mekrãgnoti atuais se referem a esse grupo como os Pu'ro. Segundo o antropólogo Gustaaf Verswijver, em novembro de 2005, eles não se encontram mais na região que está muito desmatada. Verswijver soube pelos Mekrãgnoti da aldeia Pukanu, que dizem ter ouvido dos kuben (não indígenas) que, há uns dois ou três anos, quatro homens desse grupo foram mortos, (provavelmente por madeireiros). Esta é uma notícia preocupante, principalmente porque deve ser um grupo pequeno. Esses sobreviventes parecem estar nos limites norte da TI Mekragnoti.

Em 2005 foi criada nesta região a Estação Ecológica Terra do Meio.

Isolados do Karipuninha Rieli Franciscato, indigenista da Funai, disse na década de 1990, que moradores da região do rio Karipuninha não têm coragem de subir o rio no rumo de suas cabeceiras, devido aos inúmeros vestígios de indígenas "brabos" que lá encontram. O Rio Karipuninha é afluente da margem esquerda do rio Madeira, a aproximadamente 100 km rio acima a partir de Porto Velho, e suas cabeceiras ficam próximas à divisa de Rondônia e o estado do Amazonas.
Isolados do Bararati Referência sobre a existência de indígenas isolados no Rio Bararati e margem esquerda do Rio Juruena, próximo do limite com o Mato Grosso (municípios de Apuí e Sucurundi/AM - informação da CGII-Funai).
Flona Bom Futuro (Rio Candeias) A informação sobre a existência de um grupo de isolados motivou uma expedição da equipe da Frente de Contato Guaporé em meados de 1998. A equipe percorreu 90 km na margem direita deste rio, sem resultados concretos. Não foram encontrados vestígios de ocupação indígena na área vistoriada. Porém, ainda falta uma grande área a ser pesquisada. Segundo Gilberto Azanha/CTI, esse grupo está dentro do perímetro da Flona Bom Futuro.
Wajãpi isolados do Alto Amapari A antropóloga Dominique Gallois informou em 1990 que, desde 1987, garimpeiros da Perimetral Norte informam terem encontrado, repetias vezes, vestígios da presença de um grupo isolado na região dos formadores do rio Amapari. De acordo com os Wajãpi do Amapari trata-se dos remanescente do subgrupo "Amapari Wan", que se separou dos demais há cerca de 50 anos. Membros desse mesmo grupo vivem na aldeia Mariry e na aldeia Camopi (Guiana Francesa). A região dos isolados fica dentro do Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque e às vezes esses indígenas se deslocam para a Guiana Francesa. Em 2003, os Wajãpi do Camopi acharam uma roça desses indígenas no Rio Muturá.
Wajãpi isolados do Ipitinga Segundo a antropóloga Dominique Gallois, os indígenas que vivem no Parque Indígena do Tumucumaque, falam desses indígenas Wajãpi que vivem próximos do Parque, no município de Almeirim, no Pará.