De Povos Indígenas no Brasil
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<div class="side-left"><htmltag href="http://img.socioambiental.org/d/286457-1/ritual_bororo.jpg" rel="lightbox[g2image]" tagname="a" title="Foto: Kim-Ir-Sam, 1973."><htmltag alt="ritual_bororo" height="180" src="http://img.socioambiental.org/d/286458-3/ritual_bororo.jpg?g2_GALLERYSID=TMP_SESSION_ID_DI_NOISSES_PMT" tagname="img" title="O ritual funerário dos Bororo (MT) é um momento especial de socialização dos jovens. Não só porque muitos deles são formalmente iniciados, mas, também, porque é por meio de sua participação nos cantos, danças, caçadas e pescarias coletivas que eles têm a " width="180"></htmltag></htmltag></div>
            <div class="side-left"><htmltag tagname="a" title="Foto: Kim-Ir-Sam, 1973." rel="lightbox[g2image]" href="http://img.socioambiental.org/d/286457-1/ritual_bororo.jpg"><htmltag tagname="img" width="180" height="180" title="O ritual funerário dos Bororo (MT) é um momento especial de socialização dos jovens. Não só porque muitos deles são formalmente iniciados, mas, também, porque é por meio de sua participação nos cantos, danças, caçadas e pescarias coletivas que eles têm a " alt="ritual_bororo" src="http://img.socioambiental.org/d/286458-3/ritual_bororo.jpg?g2_GALLERYSID=TMP_SESSION_ID_DI_NOISSES_PMT" /></htmltag></div>
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<td>O ritual funerário dos [[Povo:Bororo | Bororo]] (MT) marca um momento especial de socialização dos jovens. Não só porque muitos deles são formalmente iniciados, mas, também, porque é por meio de sua participação nos cantos, danças, caçadas e pescarias coletivas que eles têm a oportunidade de aprender e perceber a riqueza de sua cultura.</td>
            <td>O ritual funerário dos <htmltag tagname="a" href="http://pib.socioambiental.org/pt/povo/bororo" target="_self">Bororo</htmltag> (MT) marca um momento especial de socialização dos jovens. Não só porque muitos deles são formalmente iniciados, mas, também, porque é por meio de sua participação nos cantos, danças, caçadas e pescarias coletivas que eles têm a oportunidade de aprender e perceber a riqueza de sua cultura.</td>
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<div class="side-left"><htmltag href="http://img.socioambiental.org/d/286459-1/ritual_kraho.jpg" rel="lightbox[g2image]" tagname="a" title="Foto: Michel Pellanders, 1989."><htmltag alt="ritual_kraho" height="180" src="http://img.socioambiental.org/d/286460-3/ritual_kraho.jpg?g2_GALLERYSID=TMP_SESSION_ID_DI_NOISSES_PMT" tagname="img" title="Na corrida de toras, que está relacionada à realização de diferentes rituais, os Krahó (TO) dividem-se em duas equipes, ditas metades. Cada uma delas carrega uma seção de tronco de buriti (ou outro vegetal), cujos formato, tamanho e ornamentação são variáveis. Os Krahó são um grupo Timbira, da família lingüística jê. Outros povos Timbira e Jê também realizam corridas de toras. Foto: Michel Pellanders, 1989." width="180"></htmltag></htmltag></div>
            <div class="side-left"><htmltag tagname="a" title="Foto: Michel Pellanders, 1989." rel="lightbox[g2image]" href="http://img.socioambiental.org/d/286459-1/ritual_kraho.jpg"><htmltag tagname="img" width="180" height="180" title="Na corrida de toras, que está relacionada à realização de diferentes rituais, os Krahó (TO) dividem-se em duas equipes, ditas metades. Cada uma delas carrega uma seção de tronco de buriti (ou outro vegetal), cujos formato, tamanho e ornamentação são variáveis. Os Krahó são um grupo Timbira, da família lingüística jê. Outros povos Timbira e Jê também realizam corridas de toras. Foto: Michel Pellanders, 1989." alt="ritual_kraho" src="http://img.socioambiental.org/d/286460-3/ritual_kraho.jpg?g2_GALLERYSID=TMP_SESSION_ID_DI_NOISSES_PMT" /></htmltag></div>
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<td>Na corrida de toras, que está relacionada à realização de diferentes rituais, os [[Povo:Krahô | Krahô]] (TO) dividem-se em duas equipes, ditas "metades". Cada uma delas carrega uma seção de tronco de buriti (ou outro vegetal), cujo formato, tamanho e ornamentação são variáveis. Os Krahô são um grupo [[Povo:Timbira | Timbira]], da família lingüística Jê. Outros povos Timbira e Jê também realizam corridas de toras.</td>
            <td>Na corrida de toras, que está relacionada à realização de diferentes rituais, os <htmltag tagname="a" href="http://pib.socioambiental.org/pt/povo/kraho" target="_self">Krahô</htmltag> (TO) dividem-se em duas equipes, ditas "metades". Cada uma delas carrega uma seção de tronco de buriti (ou outro vegetal), cujo formato, tamanho e ornamentação são variáveis. Os Krahô são um grupo <htmltag tagname="a" href="http://pib.socioambiental.org/pt/povo/timbira" target="_self">Timbira</htmltag>, da família lingüística Jê. Outros povos Timbira e Jê também realizam corridas de toras.</td>
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<div class="side-left"><htmltag href="http://img.socioambiental.org/d/286461-1/ritual_kanela.jpg" rel="lightbox[g2image]" tagname="a" title="Foto: William Crocker, 1975."><htmltag alt="ritual_kanela" height="180" src="http://img.socioambiental.org/d/286462-3/ritual_kanela.jpg?g2_GALLERYSID=TMP_SESSION_ID_DI_NOISSES_PMT" tagname="img" title="Entre os Kanela (MA), grupo timbira, os meninos são introduzidos na sua classe de idade por meio de alguns rituais de iniciação. Esses rituais treinam os meninos para se tornarem guerreiros. Tradicionalmente, a maioria das meninas está associada de modo a" width="180"></htmltag></htmltag></div>
            <div class="side-left"><htmltag tagname="a" title="Foto: William Crocker, 1975." rel="lightbox[g2image]" href="http://img.socioambiental.org/d/286461-1/ritual_kanela.jpg"><htmltag tagname="img" width="180" height="180" title="Entre os Kanela (MA), grupo timbira, os meninos são introduzidos na sua classe de idade por meio de alguns rituais de iniciação. Esses rituais treinam os meninos para se tornarem guerreiros. Tradicionalmente, a maioria das meninas está associada de modo a" alt="ritual_kanela" src="http://img.socioambiental.org/d/286462-3/ritual_kanela.jpg?g2_GALLERYSID=TMP_SESSION_ID_DI_NOISSES_PMT" /></htmltag></div>
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<td>Entre os <htmltag href="http://pib.socioambiental.org/pt/povo/canela" tagname="a" target="_self">Canela</htmltag> (MA), grupo [[Povo:Timbira | Timbira]], os meninos são introduzidos na sua classe de idade por meio de alguns rituais de iniciação. Esses rituais treinam os meninos para se tornarem guerreiros. Tradicionalmente, a maioria das meninas está associada de modo a receber cintos  
            <td>Entre os <htmltag tagname="a" href="http://pib.socioambiental.org/pt/povo/canela" target="_self">Canela</htmltag> (MA), grupo <htmltag tagname="a" href="http://pib.socioambiental.org/pt/povo/timbira" target="_self">Timbira</htmltag>, os meninos são introduzidos na sua classe de idade por meio de alguns rituais de iniciação. Esses rituais treinam os meninos para se tornarem guerreiros. Tradicionalmente, a maioria das meninas está associada de modo a receber cintos  
 
 
             de maturidade, necessários para que elas se casem.</td>
 
             de maturidade, necessários para que elas se casem.</td>
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            <div class="side-left"><htmltag tagname="a" title="Foto: Bartomeu Meliá, 1980 " rel="lightbox[g2image]" href="http://img.socioambiental.org/d/286463-1/ritual_enawene.jpg"><htmltag tagname="img" width="180" height="180" title="No yãkwa, ritual realizado pelos Enawenê-Nawê (MT), os habitantes da aldeia, divididos em clãs, realizam uma troca generalizada de alimentos, cantos e danças. O ritual, que dura vários meses e possui duas fases distintas, visa cumprir os ensinamentos dos " alt="ritual_enawene" src="http://img.socioambiental.org/d/286464-3/ritual_enawene.jpg?g2_GALLERYSID=TMP_SESSION_ID_DI_NOISSES_PMT" /></htmltag></div>
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<div class="side-left"><htmltag href="http://img.socioambiental.org/d/286463-1/ritual_enawene.jpg" rel="lightbox[g2image]" tagname="a" title="Foto: Bartomeu Meliá, 1980 "><htmltag alt="ritual_enawene" height="180" src="http://img.socioambiental.org/d/286464-3/ritual_enawene.jpg?g2_GALLERYSID=TMP_SESSION_ID_DI_NOISSES_PMT" tagname="img" title="No yãkwa, ritual realizado pelos Enawenê-Nawê (MT), os habitantes da aldeia, divididos em clãs, realizam uma troca generalizada de alimentos, cantos e danças. O ritual, que dura vários meses e possui duas fases distintas, visa cumprir os ensinamentos dos " width="180"></htmltag></htmltag></div>
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            <td>No yãkwa, ritual realizado pelos <htmltag tagname="a" href="http://pib.socioambiental.org/pt/povo/enawene-nawe" target="_self">Enawenê-Nawê</htmltag> (MT), os habitantes da aldeia, divididos em clãs, realizam uma troca generalizada de alimentos, cantos e danças. O ritual, que dura vários meses e possui duas fases distintas, visa cumprir os ensinamentos dos espíritos subterrâneos, yakairiti.</td>
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<td>No yãkwa, ritual realizado pelos [[Povo:Enawenê-nawê | Enawenê-Nawê]] (MT), os habitantes da aldeia, divididos em clãs, realizam uma troca generalizada de alimentos, cantos e danças. O ritual, que dura vários meses e possui duas fases distintas, visa cumprir os ensinamentos dos espíritos subterrâneos, yakairiti.</td>
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            <div class="side-left"><htmltag tagname="a" title="Foto: Cláudia Andujar, s/d." rel="lightbox[g2image]" href="http://img.socioambiental.org/d/286466-1/ritual_karaja.jpg"><htmltag tagname="img" width="180" height="180" title="A primeira iniciação dos meninos Karajá (MT/ TO) se dá porvolta dos sete ou oito anos de idade. Consiste na perfuração do lábio inferior, que irá receber um adorno. A perfuração é feita com a clavícula de um macaco, e se dá na presença dos pais. Foto: Clá" alt="ritual_karaja" src="http://img.socioambiental.org/d/286467-3/ritual_karaja.jpg?g2_GALLERYSID=TMP_SESSION_ID_DI_NOISSES_PMT" /></htmltag></div>
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<div class="side-left"><htmltag href="http://img.socioambiental.org/d/286466-1/ritual_karaja.jpg" rel="lightbox[g2image]" tagname="a" title="Foto: Cláudia Andujar, s/d."><htmltag alt="ritual_karaja" height="180" src="http://img.socioambiental.org/d/286467-3/ritual_karaja.jpg?g2_GALLERYSID=TMP_SESSION_ID_DI_NOISSES_PMT" tagname="img" title="A primeira iniciação dos meninos Karajá (MT/ TO) se dá porvolta dos sete ou oito anos de idade. Consiste na perfuração do lábio inferior, que irá receber um adorno. A perfuração é feita com a clavícula de um macaco, e se dá na presença dos pais. Foto: Clá" width="180"></htmltag></htmltag></div>
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            <td>A primeira iniciação dos meninos <htmltag tagname="a" href="http://pib.socioambiental.org/pt/povo/karaja" target="_self">Karajá</htmltag> (MT/TO) se dá por volta dos sete ou oito anos de idade. Consiste na perfuração do lábio inferior, que irá receber um adorno. A perfuração é feita com a clavícula de um macaco, e se dá na presença dos pais.</td>
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<td>A primeira iniciação dos meninos [[Povo:Karajá | Karajá]] (MT/TO) se dá por volta dos sete ou oito anos de idade. Consiste na perfuração do lábio inferior, que irá receber um adorno. A perfuração é feita com a clavícula de um macaco, e se dá na presença dos pais.</td>
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            <div class="side-left"><htmltag tagname="a" href="http://img.socioambiental.org/d/286481-1/ritual_yanoma.jpg" rel="lightbox[g2image]" title="Foto: Milton Guran, 1991. "><htmltag tagname="img" width="180" height="180" src="http://img.socioambiental.org/d/286482-3/ritual_yanoma.jpg?g2_GALLERYSID=TMP_SESSION_ID_DI_NOISSES_PMT" alt="ritual_yanoma" title="Na maloca Toototobi, dos Yanomami (AM), homens realizam sessão com o pó alucinógeno, yãkuãna. Este é muito presente na iniciação dos pajés yanomami, e deve sempre se dar sob a condução dos mais velhos. Foto: Milton Guran, 1991. " /></htmltag></div>
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<div class="side-left"><htmltag href="http://img.socioambiental.org/d/286481-1/ritual_yanoma.jpg" rel="lightbox[g2image]" tagname="a" title="Foto: Milton Guran, 1991. "><htmltag alt="ritual_yanoma" height="180" src="http://img.socioambiental.org/d/286482-3/ritual_yanoma.jpg?g2_GALLERYSID=TMP_SESSION_ID_DI_NOISSES_PMT" tagname="img" title="Na maloca Toototobi, dos Yanomami (AM), homens realizam sessão com o pó alucinógeno, yãkuãna. Este é muito presente na iniciação dos pajés yanomami, e deve sempre se dar sob a condução dos mais velhos. Foto: Milton Guran, 1991. " width="180"></htmltag></htmltag></div>
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            <td>Na maloca Toototobi, dos <htmltag tagname="a" href="http://pib.socioambiental.org/pt/povo/yanomami" target="_self">Yanomami</htmltag> (AM), homens realizam sessão com o pó alucinógeno, yãkuãna. Este é muito presente na iniciação dos pajés Yanomami, e deve sempre se dar sob a condução dos mais velhos. '''
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<td>Na maloca Toototobi, dos [[Povo:Yanomami | Yanomami]] (AM), homens realizam sessão com o pó alucinógeno, yãkuãna. Este é muito presente na iniciação dos pajés Yanomami, e deve sempre se dar sob a condução dos mais velhos. '''
 
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            <div class="side-left"><htmltag tagname="a" href="http://img.socioambiental.org/d/286483-1/ritual_huka.jpg" rel="lightbox[g2image]" title="Foto: Milton Guran, 1985."><htmltag tagname="img" width="180" height="180" src="http://img.socioambiental.org/d/286484-3/ritual_huka.jpg?g2_GALLERYSID=TMP_SESSION_ID_DI_NOISSES_PMT" alt="ritual_huka" title="Homens xinguanos disputam o huka-huka na aldeia dos Yawalapiti (MT). A luta integra o ritual intertribal kwarúp, que se dá em homenagem aos mortos dos diferentes grupos que habitam a região do alto Xingu. Foto: Milton Guran, 1985." /></htmltag></div>
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<div class="side-left"><htmltag href="http://img.socioambiental.org/d/286483-1/ritual_huka.jpg" rel="lightbox[g2image]" tagname="a" title="Foto: Milton Guran, 1985."><htmltag alt="ritual_huka" height="180" src="http://img.socioambiental.org/d/286484-3/ritual_huka.jpg?g2_GALLERYSID=TMP_SESSION_ID_DI_NOISSES_PMT" tagname="img" title="Homens xinguanos disputam o huka-huka na aldeia dos Yawalapiti (MT). A luta integra o ritual intertribal kwarúp, que se dá em homenagem aos mortos dos diferentes grupos que habitam a região do alto Xingu. Foto: Milton Guran, 1985." width="180"></htmltag></htmltag></div>
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            <td>Homens <htmltag tagname="a" href="http://pib.socioambiental.org/pt/povo/xingu" target="_self">xinguanos</htmltag> disputam o ''huka-huka'' na aldeia dos <htmltag tagname="a" href="http://pib.socioambiental.org/pt/povo/yawalapiti" target="_self">Yawalapiti </htmltag>(MT). A luta integra o ritual intertribal <htmltag tagname="a" href="http://pib.socioambiental.org/pt/povo/xingu/1548" target="_self">kwarúp</htmltag>, que se dá em homenagem aos mortos dos diferentes grupos que  
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<td>Homens [[Povo:Xingu | xinguanos]] disputam o ''huka-huka'' na aldeia dos [[Povo:Yawalapiti | Yawalapiti ]](MT). A luta integra o ritual intertribal <htmltag href="http://pib.socioambiental.org/pt/povo/xingu/1548" tagname="a" target="_self">kwarúp</htmltag>, que se dá em homenagem aos mortos dos diferentes grupos que  
 
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<div class="side-left"><htmltag href="http://img.socioambiental.org/d/286485-1/ritual_kadiweu.jpg" rel="lightbox[g2image]" tagname="a" title="Foto: Mônica Pechincha, 1992. "><htmltag alt="ritual_kadiweu" height="180" src="http://img.socioambiental.org/d/286486-3/ritual_kadiweu.jpg?g2_GALLERYSID=TMP_SESSION_ID_DI_NOISSES_PMT" tagname="img" title="Os bobos (bobotegi) são personagens que figuram na festa do navio, realizada pelos Kadiwéu. Este longo ritual remonta aos tempos da Guerra do Paraguai, quando este povo lutou pelo Brasil. Foto: Mônica Pechincha, 1992. " width="180"></htmltag></htmltag></div>
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<td>Os ''bobos ''(''bobotegi'') são personagens que figuram na Festa do navio, realizada pelos [[Povo:Kadiwéu | Kadiwéu]]. Este longo ritual remonta aos tempos da Guerra do Paraguai, quando este povo lutou pelo Brasil.'''
 
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<div class="side-left"><htmltag href="http://img.socioambiental.org/d/286487-1/ritual_pankararu.jpg" rel="lightbox[g2image]" tagname="a" title="Foto: Marcos Issa,1996. "><htmltag alt="ritual_pankararu" height="180" src="http://img.socioambiental.org/d/286488-3/ritual_pankararu.jpg?g2_GALLERYSID=TMP_SESSION_ID_DI_NOISSES_PMT" tagname="img" title="Apesar de desterrados na cidade de São Paulo, os Pankararu, que migraram do estado de Pernambuco, continuam realizando suas cerimônias, cantos e danças. Foto: Marcos Issa,1996. " width="180"></htmltag></htmltag></div>
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<td>Apesar de desterrados na cidade de São Paulo, os [[Povo:Pankararu | Pankararu]], que migraram do estado de Pernambuco, continuam realizando suas cerimônias, cantos e danças.</td>
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Edição das 17h36min de 20 de fevereiro de 2018

Rituais

por Renato Sztutman, antropólogo. Professor do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo, pesquisador do Núcleo de História Indígena e do Indigenismo/NHII-USP e colaborador do ISA

A entidade letani figura no ritual hetohokÿ (“casa grande”), realizado pelos Javaé (TO). Nos anos 1990,este ritual, que marca a entrada dos jovens para o mundo da casa dos homens, foi retomado. Foto: Patrícia de Mendonça Rodrigues, s/d.
A entidade letani figura no ritual hetohokÿ (“casa grande”), realizado pelos Javaé (TO). Nos anos 1990,este ritual, que marca a entrada dos jovens para o mundo da casa dos homens, foi retomado. Foto: Patrícia de Mendonça Rodrigues, s/d.

Os mitos contam como as coisas chegaram a ser o que são. Contam como as divindades, os homens, os animais e as plantas se diferenciaram. Os rituais, por sua vez, fazem o caminho inverso dos mitos. E, não por acaso, eles se dispõem muitas vezes a contar o mito, a recriar o mito, promovendo uma espécie de retorno a esse tempo de indiferenciação geral em que divindades, homens, animais e plantas se comunicavam entre si, e produziam sua existência por meio dessa interação. As populações indígenas acreditam que esta comunicação, esta interação deve se dar de maneira mediada e é indispensável para a produção de pessoas e da própria sociedade. Afinal, é do cosmos mítico que são extraídas as matérias-primas para a constituição das pessoas e da sociedade. Perder de vista esta comunicação, esta interação é entregar-se à inércia, à permanência num mundo sem sentido.

Os rituais de iniciação, por exemplo, consistem em fazer com que neófitos [iniciantes] sejam separados do convívio social e, assim, se submetam a um estado de liminaridade no qual a fronteira do mundo social, humano, parece borrar-se. É somente passando por esse estado de liminaridade que o neófito poderá voltar a este mundo, agora de maneira transformada.

Os rituais funerários, de sua parte, consistem em separar os vivos do morto, fazendo que o último retorne ao outro mundo, mundo não-humano. Toda morte coloca os vivos, nela envolvida, num estado de liminaridade. Por isso não é de se espantar que os rituais funerários ou pós-funerários sejam, entre os povos indígenas, muitas vezes aproveitados para a realização da iniciação de jovens.

Índio Ticuna durante ritual, Belém do Solimões, Terra Indígena Évare I, Amazonas. Foto: Frei Arsênio Sampalmieri, 1979
Índio Ticuna durante ritual, Belém do Solimões, Terra Indígena Évare I, Amazonas. Foto: Frei Arsênio Sampalmieri, 1979

Podemos dizer que essa comunicação ritual se estabelece entre seres humanos e seres não-humanos, como espíritos, divindades, donos de espécies naturais, subjetividades que habitam corpos animais e vegetais etc.; todos dotados de diferentes potências. Mas não podemos esquecer que essa comunicação acaba por se fazer entre pessoas de proveniências distintas: gente de outras aldeias, de outros territórios e mesmo de outras etnias.

Os rituais indígenas são uma celebração das diferenças. Em primeiro lugar, das diferenças entre os seres que habitam o cosmos. Os humanos sabem que muito do que possuem – aquilo que chamamos de cultura – não foi meramente “inventado” por eles mesmos, mas sim tomado, no tempo do mito, de outras espécies, e mesmo de inimigos há muito não vistos. Os rituais indígenas são, além disso, uma celebração das diferenças entre os próprios seres humanos, diferenças sem as quais não haveria nem troca nem cooperação. E para celebrar essas diferenças uma intensa trama de prestações – de comida e bebida, sobretudo, mas também, em certas ocasiões, de cantos e artefatos – é posta em movimento.


[Agosto, 2008]


Panorama da Diversidade

O ritual funerário dos Bororo (MT) marca um momento especial de socialização dos jovens. Não só porque muitos deles são formalmente iniciados, mas, também, porque é por meio de sua participação nos cantos, danças, caçadas e pescarias coletivas que eles têm a oportunidade de aprender e perceber a riqueza de sua cultura.
Na corrida de toras, que está relacionada à realização de diferentes rituais, os Krahô (TO) dividem-se em duas equipes, ditas "metades". Cada uma delas carrega uma seção de tronco de buriti (ou outro vegetal), cujo formato, tamanho e ornamentação são variáveis. Os Krahô são um grupo Timbira, da família lingüística Jê. Outros povos Timbira e Jê também realizam corridas de toras.
Entre os Canela (MA), grupo Timbira, os meninos são introduzidos na sua classe de idade por meio de alguns rituais de iniciação. Esses rituais treinam os meninos para se tornarem guerreiros. Tradicionalmente, a maioria das meninas está associada de modo a receber cintos de maturidade, necessários para que elas se casem.
No yãkwa, ritual realizado pelos Enawenê-Nawê (MT), os habitantes da aldeia, divididos em clãs, realizam uma troca generalizada de alimentos, cantos e danças. O ritual, que dura vários meses e possui duas fases distintas, visa cumprir os ensinamentos dos espíritos subterrâneos, yakairiti.
A primeira iniciação dos meninos Karajá (MT/TO) se dá por volta dos sete ou oito anos de idade. Consiste na perfuração do lábio inferior, que irá receber um adorno. A perfuração é feita com a clavícula de um macaco, e se dá na presença dos pais.
Na maloca Toototobi, dos Yanomami (AM), homens realizam sessão com o pó alucinógeno, yãkuãna. Este é muito presente na iniciação dos pajés Yanomami, e deve sempre se dar sob a condução dos mais velhos.
Homens xinguanos disputam o huka-huka na aldeia dos Yawalapiti (MT). A luta integra o ritual intertribal kwarúp, que se dá em homenagem aos mortos dos diferentes grupos que habitam a região do alto Xingu.
Os bobos (bobotegi) são personagens que figuram na Festa do navio, realizada pelos Kadiwéu. Este longo ritual remonta aos tempos da Guerra do Paraguai, quando este povo lutou pelo Brasil.
Apesar de desterrados na cidade de São Paulo, os Pankararu, que migraram do estado de Pernambuco, continuam realizando suas cerimônias, cantos e danças.