Linha 2: | Linha 2: | ||
'''Arte Baniwa''' é a marca criada pelos Baniwa para comercializar seus produtos, como cestaria de arumã e a conhecida pimenta jiquitaia. | '''Arte Baniwa''' é a marca criada pelos Baniwa para comercializar seus produtos, como cestaria de arumã e a conhecida pimenta jiquitaia. | ||
+ | |||
+ | {{#miniatura: right | ||
+ | |Logo Arte Baniwa. | ||
+ | |https://www.artebaniwa.org.br/img/logo_index.gif | ||
+ | }} | ||
A pimenta Baniwa é uma mistura de pimentas cultivadas organicamente pelas mulheres baniwa nas roças e quintais das comunidades do rio Içana e afluentes. Tem sido comercializada externamente através do projeto Arte Baniwa, uma parceria entre a OIBI (Organização Indígena da Bacia do Içana), a FOIRN (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro) e o ISA (Instituto Socioambiental). | A pimenta Baniwa é uma mistura de pimentas cultivadas organicamente pelas mulheres baniwa nas roças e quintais das comunidades do rio Içana e afluentes. Tem sido comercializada externamente através do projeto Arte Baniwa, uma parceria entre a OIBI (Organização Indígena da Bacia do Içana), a FOIRN (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro) e o ISA (Instituto Socioambiental). |
Edição das 17h34min de 10 de setembro de 2018
Arte Baniwa
Arte Baniwa é a marca criada pelos Baniwa para comercializar seus produtos, como cestaria de arumã e a conhecida pimenta jiquitaia.
A pimenta Baniwa é uma mistura de pimentas cultivadas organicamente pelas mulheres baniwa nas roças e quintais das comunidades do rio Içana e afluentes. Tem sido comercializada externamente através do projeto Arte Baniwa, uma parceria entre a OIBI (Organização Indígena da Bacia do Içana), a FOIRN (Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro) e o ISA (Instituto Socioambiental).
Produtos
Os principais produtos comercializados são a cestaria de arumã e a pimenta jiquitaia.
Pimenta Jiquitaia
A Pimenta Jiquitaia Baniwa é produto do Sistema Agrícola Tradicional do Rio Negro (AM), reconhecido em 2010 como patrimônio imaterial pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). As jiquitaias são blends exclusivos de dezenas de diferentes variedades de pimentas do gênero Capsicum spp cultivadas organicamente pelas mulheres indígenas em roças e jardins de pimentas nas comunidades baniwa, secas e moídas em pó com adição de sal especial.
A jiquitaia, para os Baniwa, está fortemente associada ao consumo de carnes, principalmente peixes, que é a mais importante fonte de proteína das comunidades do Rio Negro e afluentes. A ideia de reciclar a tradição milenar para transformar as pimentas em pó em uma alternativa para o desenvolvimento sustentável das comunidades, valorizando o trabalho das mulheres Baniwa, começou em 2005.
O dinheiro arrecadado com as vendas é depositado na conta da Organização Indígena da Bacia do Içana (Oibi), responsável pela gestão do projeto de acordo com o plano de negócios da iniciativa, com apoio do Instituto Socioambiental (ISA).
Há hoje, no Alto Rio Negro, uma Rede de Casas de Pimenta. São cinco unidades de beneficiamento, rotulagem e envase que movimentam as comunidades. Cada casa tem dois gerentes – um homem e uma mulher – que cuidam de todo o processo, desde o recebimento das pimentas até o envio para a cidade mais próxima, São Gabriel da Cachoeira (AM).
Apesar da distância geográfica, a cerca de 400 quilômetros de barco de São Gabriel da Cachoeira, as comunidades Baniwa enfrentam ameaças e pressões, especialmente do narcotráfico e de empresas de mineração.
A pimenta é uma importante fonte de renda para as mulheres Baniwa, protagonistas de toda a produção. Elas utilizam o dinheiro para comprar produtos básicos para o dia a dia e para manter o bem viver nas comunidades.