De Povos Indígenas no Brasil
Foto: Acervo ISA

Mudanças entre as edições de "Povo:Xokó"

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SE 340 (Siasi/Sesai, 2014)
Família linguística
 
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== Introdução ==
 
 
 
O povo Xokó vive nas aldeias Ilha de São Pedro e Caiçara, situadas no município de Porto da Folha, Sergipe. A maior parte da comunidade habita a Ilha de São Pedro. 
 
O povo Xokó vive nas aldeias Ilha de São Pedro e Caiçara, situadas no município de Porto da Folha, Sergipe. A maior parte da comunidade habita a Ilha de São Pedro. 
  
No século XVI os jesuítas já identificavam a existência de índios na Ilha de São Pedro. Por volta de 1758 ergueu-se a capela de São Pedro pelos capuchinhos, que também construíram um hospício. No Século XVII, os índios da Missão de São Pedro conseguiram o domínio reconhecido sobre suas terras, que teriam sido doadas por Pedro Gomes, instituidor do morgado de Porto da Folha. A tentativa de tornar sem efeito a doação das terras começa em 1745 e só termina em 1979. Em meados de 1979, os Xokó, em um processo de reconquista de suas terras, retomaram a Ilha de São Pedro e ali instalaram sua aldeia. Desde  que começaram a lutar por reaver suas terras, os índios sempre reivindicaram a Caiçara, gleba que se situa às margens  do São Francisco no estado de Sergipe. Finalmente nos meado dos anos 90, a <htmltag tagname="a" href="http://pib.socioambiental.org/pt/c/politicas-indigenistas/orgao-indigenista-oficial/funai">Funai</htmltag> homologou a Caiçara, anexando a Ilha de São Pedro, constituindo assim a terra indígena da etnia Xokó. (Blog da Funai Alagoas)
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No século XVI os jesuítas já identificavam a existência de índios na Ilha de São Pedro. Por volta de 1758 ergueu-se a capela de São Pedro pelos capuchinhos, que também construíram um hospício. No Século XVII, os índios da Missão de São Pedro conseguiram o domínio reconhecido sobre suas terras, que teriam sido doadas por Pedro Gomes, instituidor do morgado de Porto da Folha. A tentativa de tornar sem efeito a doação das terras começa em 1745 e só termina em 1979. Em meados de 1979, os Xokó, em um processo de reconquista de suas terras, retomaram a Ilha de São Pedro e ali instalaram sua aldeia. Desde  que começaram a lutar por reaver suas terras, os índios sempre reivindicaram a Caiçara, gleba que se situa às margens  do São Francisco no estado de Sergipe. Finalmente nos meado dos anos 90, a <htmltag href="http://pib.socioambiental.org/pt/c/politicas-indigenistas/orgao-indigenista-oficial/funai" tagname="a">Funai</htmltag> homologou a Caiçara, anexando a Ilha de São Pedro, constituindo assim a terra indígena da etnia Xokó. (Blog da Funai Alagoas)
  
 
A população Xokó totaliza hoje cerca de 400 pessoas, que são representadas pelo Cacique, responsável pela condução dos assuntos materiais, administrativos  e sociais da comunidade e o Pajé, que conduz os rituais sagrados.
 
A população Xokó totaliza hoje cerca de 400 pessoas, que são representadas pelo Cacique, responsável pela condução dos assuntos materiais, administrativos  e sociais da comunidade e o Pajé, que conduz os rituais sagrados.
  
 
Ao longo dos séculos de contato os Xokó se viram espoliados de seu território e discriminados por sua cultura, o que gerou grandes perdas. O Ritual do Ouricurí, como o vivenciado por outras etnias, quase desapareceu, estando hoje a revitalizar-se. A  pratica do Toré, dança ritual consubstanciada da prática do Ouricurí, que além de sua ritualidade representa o aspecto social e lúdico caracterizado por seus trajes típicos e pinturas corporal especifica de cada etnia, conseguiu ser preservado, e é praticado com certa frequência.  Além das tradições indígenas a comunidade incorporou folguedos afros, principalmente o samba de coco, devido a convivência com negros escravizados, com quem também se relacionaram e se miscigenaram. (Blog da Funai Alagoas)
 
Ao longo dos séculos de contato os Xokó se viram espoliados de seu território e discriminados por sua cultura, o que gerou grandes perdas. O Ritual do Ouricurí, como o vivenciado por outras etnias, quase desapareceu, estando hoje a revitalizar-se. A  pratica do Toré, dança ritual consubstanciada da prática do Ouricurí, que além de sua ritualidade representa o aspecto social e lúdico caracterizado por seus trajes típicos e pinturas corporal especifica de cada etnia, conseguiu ser preservado, e é praticado com certa frequência.  Além das tradições indígenas a comunidade incorporou folguedos afros, principalmente o samba de coco, devido a convivência com negros escravizados, com quem também se relacionaram e se miscigenaram. (Blog da Funai Alagoas)
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<h5>Esse verbete é um esboço. Você pode contribuir com informações, imagens ou outros materiais <htmltag tagname="a" target="_self" href="http://pib.socioambiental.org/pt/c/fale-conosco">falando conosco!</htmltag></h5>
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== Fontes de informação ==
 
== Fontes de informação ==
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    <li>Povo Xokó. Histórias que marcaram nossa visa Secretaria do Estado de Educação e desporto e Lazer. Aracaju: 2000. </li>
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<li>Povo Xokó. Histórias que marcaram nossa visa Secretaria do Estado de Educação e desporto e Lazer. Aracaju: 2000. </li>
    <li>FUNAI-CR Nordeste. ''Índios de Sergipe'' - <<htmltag tagname="a" href="http://funaialagoas.blogspot.com.br/p/indios-de-sergipe.html" target="_blank">http://funaialagoas.blogspot.com.br/p/indios-de-sergipe.html</htmltag>> Acessado em 18/11/2013.</li>
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<li>FUNAI-CR Nordeste. ''Índios de Sergipe'' - &lt;<htmltag href="http://funaialagoas.blogspot.com.br/p/indios-de-sergipe.html" tagname="a" target="_blank">http://funaialagoas.blogspot.com.br/p/indios-de-sergipe.html</htmltag>&gt; Acessado em 18/11/2013.</li>
 
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<!-- Seção escrita por [[Usuário:Equipe de edição da Enciclopédia Povos Indígenas no Brasil|Equipe de edição da Enciclopédia Povos Indígenas no Brasil]]. -->
 
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[[Categoria:Povos indígenas no Sergipe]]

Edição atual tal como às 17h56min de 10 de agosto de 2018

O povo Xokó vive nas aldeias Ilha de São Pedro e Caiçara, situadas no município de Porto da Folha, Sergipe. A maior parte da comunidade habita a Ilha de São Pedro. 

No século XVI os jesuítas já identificavam a existência de índios na Ilha de São Pedro. Por volta de 1758 ergueu-se a capela de São Pedro pelos capuchinhos, que também construíram um hospício. No Século XVII, os índios da Missão de São Pedro conseguiram o domínio reconhecido sobre suas terras, que teriam sido doadas por Pedro Gomes, instituidor do morgado de Porto da Folha. A tentativa de tornar sem efeito a doação das terras começa em 1745 e só termina em 1979. Em meados de 1979, os Xokó, em um processo de reconquista de suas terras, retomaram a Ilha de São Pedro e ali instalaram sua aldeia. Desde  que começaram a lutar por reaver suas terras, os índios sempre reivindicaram a Caiçara, gleba que se situa às margens  do São Francisco no estado de Sergipe. Finalmente nos meado dos anos 90, a Funai homologou a Caiçara, anexando a Ilha de São Pedro, constituindo assim a terra indígena da etnia Xokó. (Blog da Funai Alagoas)

A população Xokó totaliza hoje cerca de 400 pessoas, que são representadas pelo Cacique, responsável pela condução dos assuntos materiais, administrativos  e sociais da comunidade e o Pajé, que conduz os rituais sagrados.

Ao longo dos séculos de contato os Xokó se viram espoliados de seu território e discriminados por sua cultura, o que gerou grandes perdas. O Ritual do Ouricurí, como o vivenciado por outras etnias, quase desapareceu, estando hoje a revitalizar-se. A  pratica do Toré, dança ritual consubstanciada da prática do Ouricurí, que além de sua ritualidade representa o aspecto social e lúdico caracterizado por seus trajes típicos e pinturas corporal especifica de cada etnia, conseguiu ser preservado, e é praticado com certa frequência.  Além das tradições indígenas a comunidade incorporou folguedos afros, principalmente o samba de coco, devido a convivência com negros escravizados, com quem também se relacionaram e se miscigenaram. (Blog da Funai Alagoas)

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