De Povos Indígenas no Brasil
Foto:

Mudanças entre as edições de "Povo:Anacé"

Autodenominação
Onde estão Quantos são
CE 2018 (Siasi/Sesai, 2014)
Família linguística
 
(5 revisões intermediárias por 2 usuários não estão sendo mostradas)
Linha 1: Linha 1:
== Introdução ==
 
 
 
O povo Anacé "habita tradicionalmente um território situado em São Gonçalo do Amarante e Caucaia, municípios da Região Metropolitana de Fortaleza. Sua emergência étnica tem estreita ligação com a instalação, na mesma área, de uma série de empreendimentos que integram o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP)” (Brissac e Nóbrega, 2010).
 
O povo Anacé "habita tradicionalmente um território situado em São Gonçalo do Amarante e Caucaia, municípios da Região Metropolitana de Fortaleza. Sua emergência étnica tem estreita ligação com a instalação, na mesma área, de uma série de empreendimentos que integram o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP)” (Brissac e Nóbrega, 2010).
  
Linha 8: Linha 6:
  
 
“Esse povo, assim como tantos povos indígenas do Nordeste, têm elegido o toré como “prática performática” para o fortalecimento de sua luta em meio ao conflitivo processo de implantação do CIPP. No entanto, além dessa manifestação cultural, que, em certo sentido, é voltada para o exterior, os índios Anacé têm outras práticas que podemos considerar voltadas  para dentro. É neste ponto em que se situam os ritos realizados pelos especialistas de cura Anacé e a “corrente de índios” ou “corrente dos encantados”. (Brissac e Nóbrega, 2010)
 
“Esse povo, assim como tantos povos indígenas do Nordeste, têm elegido o toré como “prática performática” para o fortalecimento de sua luta em meio ao conflitivo processo de implantação do CIPP. No entanto, além dessa manifestação cultural, que, em certo sentido, é voltada para o exterior, os índios Anacé têm outras práticas que podemos considerar voltadas  para dentro. É neste ponto em que se situam os ritos realizados pelos especialistas de cura Anacé e a “corrente de índios” ou “corrente dos encantados”. (Brissac e Nóbrega, 2010)
<div class="box">
+
 
<h5>Esse verbete é um esboço. Você pode contribuir com informações, imagens ou outros materiais <htmltag tagname="a" href="http://pib.socioambiental.org/pt/c/fale-conosco" target="_self">falando conosco!</htmltag></h5>
+
{{Esboço}}
</div>
 
<h4> </h4>
 
  
 
== Fontes de informação ==
 
== Fontes de informação ==
<div class="box">
+
<div class="well">
 
<ul>
 
<ul>
    <li>SANTANA, Iara Vanessa Fraga de. NETO, Pedro Vicente de Assis. AGUIAR, Rafaela Silveira de. SOUSA Valdênia Lourenço de. ''A Luta Anacé frente aos “imPACtos” industriais'', 2010.</li>
+
<li>SANTANA, Iara Vanessa Fraga de. NETO, Pedro Vicente de Assis. AGUIAR, Rafaela Silveira de. SOUSA Valdênia Lourenço de. ''A Luta Anacé frente aos “imPACtos” industriais'', 2010.</li>
    <li>BRISSAC, Sérgio Góes Telles. NÓBREGA, Luciana Nogueira Nóbrega. ''Benzedeiras Anacé: a relevância dos ritos de cura na emergência étnica de um povo indígena do Ceará''. 2010.</li>
+
<li>BRISSAC, Sérgio Góes Telles. NÓBREGA, Luciana Nogueira Nóbrega. ''Benzedeiras Anacé: a relevância dos ritos de cura na emergência étnica de um povo indígena do Ceará''. 2010.</li>
 
</ul>
 
</ul>
 
</div>
 
</div>
 
 
<!-- Seção escrita por [[Usuário:Equipe de edição da Enciclopédia Povos Indígenas no Brasil|Equipe de edição da Enciclopédia Povos Indígenas no Brasil]]. -->
 
<!-- Seção escrita por [[Usuário:Equipe de edição da Enciclopédia Povos Indígenas no Brasil|Equipe de edição da Enciclopédia Povos Indígenas no Brasil]]. -->
  
 
+
[[Categoria:Povos indígenas no Ceará]]
 
<!--
 
<!--
 
Cuidado ao editar esta seção.
 
Cuidado ao editar esta seção.

Edição atual tal como às 16h45min de 16 de julho de 2018

O povo Anacé "habita tradicionalmente um território situado em São Gonçalo do Amarante e Caucaia, municípios da Região Metropolitana de Fortaleza. Sua emergência étnica tem estreita ligação com a instalação, na mesma área, de uma série de empreendimentos que integram o Complexo Industrial e Portuário do Pecém (CIPP)” (Brissac e Nóbrega, 2010).

Segundo Santana (2010) os Anacé aparecem “na literatura desde o século XVII, quando o padre Antônio Vieira cita este povo em seu relato da missão na serra de Ibiapaba. O historiador Carlos Studart Filho, em sua obra “Notas históricas sobre indígenas cearenses”, documenta que os Anacé moravam junto à costa,  eram guerreiros e estavam indispostos a submeter-se ao novo reordenamento imposto pela Coroa portuguesa. Em 1694, Fernão Carrilho sitiou parte dos Anacé a oito léguas ao Norte da Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção, onde permanecem até hoje." (Santana et al, 2010)

"Em 1863, o Governo Provincial decretou não haver mais índios no Ceará, alegando que os indígenas foram mortos ou fugiram, dessa forma, os territórios indígenas podiam ser usurpados. Mas o que ocorreu na verdade, foi que as populações indígenas, como estratégia de sobrevivência, optaram por ocultar sua identidade, sobretudo nos aspectos mais exógenos. Deixaram de falar a língua nativa e adotaram alguns elementos do catolicismo popular que se assemelhavam aos seus costumes religiosos.” (Santana et al, 2010)

“Esse povo, assim como tantos povos indígenas do Nordeste, têm elegido o toré como “prática performática” para o fortalecimento de sua luta em meio ao conflitivo processo de implantação do CIPP. No entanto, além dessa manifestação cultural, que, em certo sentido, é voltada para o exterior, os índios Anacé têm outras práticas que podemos considerar voltadas  para dentro. É neste ponto em que se situam os ritos realizados pelos especialistas de cura Anacé e a “corrente de índios” ou “corrente dos encantados”. (Brissac e Nóbrega, 2010)

Este verbete é um esboço. Você pode contribuir com informações, imagens ou outros materiais falando conosco!

Fontes de informação

  • SANTANA, Iara Vanessa Fraga de. NETO, Pedro Vicente de Assis. AGUIAR, Rafaela Silveira de. SOUSA Valdênia Lourenço de. A Luta Anacé frente aos “imPACtos” industriais, 2010.
  • BRISSAC, Sérgio Góes Telles. NÓBREGA, Luciana Nogueira Nóbrega. Benzedeiras Anacé: a relevância dos ritos de cura na emergência étnica de um povo indígena do Ceará. 2010.