De Povos Indígenas no Brasil
News
Usina divide índios de Mato Grosso e do Pará
17/06/2010
Fonte: OESP, Economia, p. B3
Usina divide índios de Mato Grosso e do Pará
Maioria da população indígena da região, concentrada em quatro etnias, é contra o empreendimento; outras sete etnias estão a favor da construção
Fátima Lessa, Especial para o Estado, Cuiabá
Criticada por ambientalistas, representantes de movimentos sociais e lideranças indígenas, a Usina de Belo Monte também divide os povos indígenas de Mato Grosso e do Pará. Em reunião ocorrida em Altamira durante três dias (4,5 e 6 de junho), os ânimos ficaram exaltados. Segundo o cacique kaiapó Megaron Txcurramãe, sobrinho do cacique Raoni, das 11 etnias que participavam do encontro, 7 se declaram a favor da construção: xicrin do bacajá, assurini, kararaô, arawatê, arara do território indígena, laranjal, paracanã e xipaia.
Apenas 4 etnias reafirmaram a decisão de manter a resistência contra o empreendimento: kaiapós, juruna, arara de volta grande e tapaiúna, entre 7 mil e 8 mil pessoas.
Apesar da divisão, Megaron garante que os índios continuarão a luta porque os que são a favor são minoria, cerca de 2 mil a 3 mil pessoas. A reunião de Altamira foi encerrada com a decisão de que no fim de julho e início de agosto as etnias contrárias à construção da usina vão acampar na Volta Grande do Xingu, onde está prevista a construção do canal que deve expulsar, segundo previsões de estudiosos, pelo menos 2 mil famílias da região.
De acordo com Megaron, essas etnias já teriam fechado acordo com a Eletronorte. "Eles falaram que não iriam ficar contra a construção porque já tinham feito acordo com a Eletronorte. Eles estão recebendo combustível, cestas básicas e dinheiro para execução de projetos. Nós avisamos para os outros que vamos acampar e resistir e, ao que tudo indica, eles ficarão contra nós."
A Usina de Belo Monte será construída no Rio Xingu, no Pará. Megaron disse que o Xingu nasce em Mato Grosso e a construção vai afetar "o rio em toda constituição e todos que dependem dele serão prejudicados". O rio, que tem 1,8 mil quilômetros, corta o Pará e deságua no Rio Amazonas.
OESP, 17/06/2010, Economia, p. B3
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100617/not_imp567834,0.php
Maioria da população indígena da região, concentrada em quatro etnias, é contra o empreendimento; outras sete etnias estão a favor da construção
Fátima Lessa, Especial para o Estado, Cuiabá
Criticada por ambientalistas, representantes de movimentos sociais e lideranças indígenas, a Usina de Belo Monte também divide os povos indígenas de Mato Grosso e do Pará. Em reunião ocorrida em Altamira durante três dias (4,5 e 6 de junho), os ânimos ficaram exaltados. Segundo o cacique kaiapó Megaron Txcurramãe, sobrinho do cacique Raoni, das 11 etnias que participavam do encontro, 7 se declaram a favor da construção: xicrin do bacajá, assurini, kararaô, arawatê, arara do território indígena, laranjal, paracanã e xipaia.
Apenas 4 etnias reafirmaram a decisão de manter a resistência contra o empreendimento: kaiapós, juruna, arara de volta grande e tapaiúna, entre 7 mil e 8 mil pessoas.
Apesar da divisão, Megaron garante que os índios continuarão a luta porque os que são a favor são minoria, cerca de 2 mil a 3 mil pessoas. A reunião de Altamira foi encerrada com a decisão de que no fim de julho e início de agosto as etnias contrárias à construção da usina vão acampar na Volta Grande do Xingu, onde está prevista a construção do canal que deve expulsar, segundo previsões de estudiosos, pelo menos 2 mil famílias da região.
De acordo com Megaron, essas etnias já teriam fechado acordo com a Eletronorte. "Eles falaram que não iriam ficar contra a construção porque já tinham feito acordo com a Eletronorte. Eles estão recebendo combustível, cestas básicas e dinheiro para execução de projetos. Nós avisamos para os outros que vamos acampar e resistir e, ao que tudo indica, eles ficarão contra nós."
A Usina de Belo Monte será construída no Rio Xingu, no Pará. Megaron disse que o Xingu nasce em Mato Grosso e a construção vai afetar "o rio em toda constituição e todos que dependem dele serão prejudicados". O rio, que tem 1,8 mil quilômetros, corta o Pará e deságua no Rio Amazonas.
OESP, 17/06/2010, Economia, p. B3
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100617/not_imp567834,0.php
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source