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Notícias
Índios denunciam Funasa por descaso em relação à epidemia de hepatite
31/01/2009
Autor: Luana Lourenço
Fonte: Agência Brasil - http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2009/01/31/materia.2009-01-31.1549938692/view
Belém (PA) - Um grupo de 30 índios do Vale do Javari, no Amazonas, invadiu uma das tendas de debate do Fórum Social Mundial (FSM) para protestar contra a morte de indígenas por hepatite nas tribos da região e denunciar a falta de solução por parte da Fundação Nacional do Índio (Funasa) e do Ministério da Saúde.
O grupo interrompeu um debate da Fundação Perseu Abramo, na tenda Cuba 50 anos, e subiu ao palco para denunciar o surto da doença, que, segundo as lideranças, atinge seis etnias desde a década de 80. "Queremos chamar a atenção porque estamos morrendo e se ninguém tomar providências esses povos serão extintos em 20 ou 30 anos", afirmou o líder Jorge Marubo.
De acordo com Marubo, a hepatite já matou mais de cem índios do Vale do Javari e o número de mortes pode ser ainda maior porque a hepatite facilita o contágio por outras doenças, como a malária.
"Estamos morrendo inclusive durante o Fórum Social Mundial. Estamos de luto ainda porque segunda-feira, um dia antes do Fórum começar, perdemos o líder Edilson Canamari, que morreu vomitando sangue", relatou, após o protesto.
O cacique Waki Mayoruna criticou a atuação da Funai e da Fundação Nacional de Saúde, ligada ao Ministério da Justiça, e pediu apoio da organização Médicos Sem Fronteiras para conter o avanço da doença nas tribos da região.
"Nenhum de vocês querem ver seus filhos e netos morrendo. Nós também não. A Funasa está acabando com os índios".
Cerca de quatro mil índios vivem no Vale do Javari em mais de 50 comunidades. A área fica na fronteira entre Brasil e Peru.
O grupo interrompeu um debate da Fundação Perseu Abramo, na tenda Cuba 50 anos, e subiu ao palco para denunciar o surto da doença, que, segundo as lideranças, atinge seis etnias desde a década de 80. "Queremos chamar a atenção porque estamos morrendo e se ninguém tomar providências esses povos serão extintos em 20 ou 30 anos", afirmou o líder Jorge Marubo.
De acordo com Marubo, a hepatite já matou mais de cem índios do Vale do Javari e o número de mortes pode ser ainda maior porque a hepatite facilita o contágio por outras doenças, como a malária.
"Estamos morrendo inclusive durante o Fórum Social Mundial. Estamos de luto ainda porque segunda-feira, um dia antes do Fórum começar, perdemos o líder Edilson Canamari, que morreu vomitando sangue", relatou, após o protesto.
O cacique Waki Mayoruna criticou a atuação da Funai e da Fundação Nacional de Saúde, ligada ao Ministério da Justiça, e pediu apoio da organização Médicos Sem Fronteiras para conter o avanço da doença nas tribos da região.
"Nenhum de vocês querem ver seus filhos e netos morrendo. Nós também não. A Funasa está acabando com os índios".
Cerca de quatro mil índios vivem no Vale do Javari em mais de 50 comunidades. A área fica na fronteira entre Brasil e Peru.
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