De Povos Indígenas no Brasil
News
Desassistência à saúde causa a morte de nove indígenas do povo Pirahã
25/06/2008
Fonte: Cimi - www.cimi.com.br
Oito crianças e um adulto do povo Pirahã (Amazonas) morreram, de janeiro a junho deste ano, vitimados provavelmente pela malária. A falta de assistência à saúde das comunidades localizadas ao longo dos rios Maici e Ipixuna, no município de Humaitá (distante 450 Km de Manaus), tem sido apontada pelos indígenas como causa dos óbitos. A Prefeitura Municipal de Manicoré é responsável pelo atendimento àquelas aldeias.
"Ninguém sabe se a equipe não vai para a área por falta de recursos ou se esses recursos são desviados", indaga o indígena Júnior Tenharim. "A equipe não vai na área há muito tempo e, quando eles vão, fazem trabalho relâmpago: entram em um dia e saem no outro", reclama ele acrescentando que "sem a presença de profissionais de saúde, outras mortes poderão acontecer".
Os conselheiros do Conselho Distrital de Saúde Indígena encaminharam documento à coordenação regional da Funasa relatando que foram diagnosticados casos de malária, tuberculose, hanseníase, diarréias, desnutrição e outras doenças. Segundo eles, 14 indígenas morreram naquela região, somando os nove Pirahã e cinco de outros povos indígenas da localidade.
O coordenador regional da Funasa, Narciso Cardoso Barbosa, afirmou que tem conhecimento de que a região é endêmica de malária. "A Funasa está buscando estratégias para atuar de forma cooperada com a Superintendência Estadual de Saúde, a Fundação de Vigilância em Saúde e a prefeitura de Manicoré. A Funasa sozinha encontra dificuldades para atuar", disse ele, acrescentando que o atendimento é precário devido à “dificuldade de acesso às aldeias".
Os Pirahã que vivem nesta região são indígenas de pouco contato, que somam 230 pessoas. As mortes ao longo deste ano afetaram 3,9% da população.
(Com informações de J. Rosha - Cimi Norte I)
"Ninguém sabe se a equipe não vai para a área por falta de recursos ou se esses recursos são desviados", indaga o indígena Júnior Tenharim. "A equipe não vai na área há muito tempo e, quando eles vão, fazem trabalho relâmpago: entram em um dia e saem no outro", reclama ele acrescentando que "sem a presença de profissionais de saúde, outras mortes poderão acontecer".
Os conselheiros do Conselho Distrital de Saúde Indígena encaminharam documento à coordenação regional da Funasa relatando que foram diagnosticados casos de malária, tuberculose, hanseníase, diarréias, desnutrição e outras doenças. Segundo eles, 14 indígenas morreram naquela região, somando os nove Pirahã e cinco de outros povos indígenas da localidade.
O coordenador regional da Funasa, Narciso Cardoso Barbosa, afirmou que tem conhecimento de que a região é endêmica de malária. "A Funasa está buscando estratégias para atuar de forma cooperada com a Superintendência Estadual de Saúde, a Fundação de Vigilância em Saúde e a prefeitura de Manicoré. A Funasa sozinha encontra dificuldades para atuar", disse ele, acrescentando que o atendimento é precário devido à “dificuldade de acesso às aldeias".
Os Pirahã que vivem nesta região são indígenas de pouco contato, que somam 230 pessoas. As mortes ao longo deste ano afetaram 3,9% da população.
(Com informações de J. Rosha - Cimi Norte I)
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source