De Povos Indígenas no Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.
Notícias
Amazônia e Cerrado responderam por 89,2 por cento do desmatamento no Brasil em 2021, diz relatório anual do MapBiomas
18/07/2022
Fonte: Agência Cenarium - https://aamazonia.com.br
Amazônia e Cerrado responderam por 89,2% do desmatamento no Brasil em 2021, diz relatório anual do MapBiomas
Bruno Pacheco - Da Agência Amazônia
18 julho, 202214:07
MANAUS - O Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD), do MapBiomas Alerta, divulgado nesta segunda-feira, 18, mostrou que a Amazônia e o Cerrado concentraram 89,2% de todo o desmatamento registrado no Brasil, em 2021. Ao todo, o País perdeu 16.557 km² da cobertura de vegetação nativa em todos os biomas brasileiros no ano passado, um aumento de 20% em relação a 2020 (13.853 km²).
Somente na Amazônia, foram 997.773 hectares devastados em 2021, ou seja, 59% da área total desmatada no Brasil. O Cerrado, de acordo com o estudo, registrou 500.537 hectares (30,2%) destruídos em todo o ano passado. "Juntos, em todos os biomas houve crescimento. Não é um fenômeno que acontece apenas na Amazônia ou no Cerrado, mas em todos", declarou Tasso Azevedo, coordenador-geral do MapBiomas.
Veja também: Terras Indígenas concentram menos de 2% de desmatamento em 36 anos, mostra Mapbiomas
Ainda segundo a pesquisa, apresentada em uma live no YouTube, a Caatinga representou 7% de todo o desmatamento no País, com 116.260 de destruição. Os demais biomas têm os seguintes números: Mata Atlântica, com 30.155 ha (1,8%); Pantanal, com 28.671 ha (1,7%) e Pama, com 2.426 (0,1%). O MapBiomas mostrou ainda que 97% do desmatamento no Brasil ocorreu por conta da agropecuária, ou seja, a agricultura e a pecuária.
O garimpo, a mineração, a expansão urbana e outras causas completam os dados de vetores da destruição, de acordo com a pesquisa. O Estado do Pará foi o que mais desmatou no ano passado, com 402.492 hectares destruídos, seguido pelo Amazonas (194.485 ha), Mato Grosso (189.888 ha), Maranhão (167.047 ha) e Bahia (152.098 ha).
"O maior desmatamento detectado em 2021 no Brasil foi no município de Jaborandi, no cerrado da Bahia, com 4.977 hectares. Esse é um desmatamento que existe uma autorização de Supressão da Vegetação Nativa (AVN), emitida pelo Inema [Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos], na Bahia, em setembro de 2020 para imóvel", frisou Azevedo.
Fonte: Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD) do MapBiomas Alerta
A pesquisa também detectou 69.796 alertas de desmatamento, validados e refinados em 2021. Além disso, o MapBiomas registrou que o total desmatado no Brasil nos três últimos anos, em 2019, 2020 e 2021, foi de 42.517 km², que representa quase a área total do território do Estado do Rio de Janeiro, que tem 43.750 km², de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Em 21 Estados, houve aumento no desmatamento. Somente quatro Estados, Santa Catarina, Amapá, Espírito Santo e Rio de Janeiro, tiveram queda e dois, praticamente, ficaram estáveis. O Amazonas passou a ser o segundo Estado com mais desmatamento", salientou Marcos Rosa, coordenador-técnico MapBiomas.
Velocidade do desmatamento
A velocidade média com que o desmatamento ocorreu no Brasil chegou, no ano passado, a 0,18 hectares por dia para cada evento detectado. Em 2020, esse número era de 0,16 ha. O MapBiomas também registrou que o País teve 189 de hectares desmatados por hora em 2021.
"A área desmatada, média, por dia, no Brasil, foi de 4,5 mil hectares. Se a gente olhar na Amazônia, inclusive, a gente teve, em média, 1,9 hectares por minuto, o que dá 18 árvores por segundo, uma velocidade bem grande", frisou Tasso Azevedo.
MapBiomas
O MapBiomas Alerta é uma iniciativa do consórcio MapBiomas, formado por mais de 20 organizações, entre ONGs, universidades e empresas de tecnologia, e que processa alertas de desmatamento emitidos por cinco sistemas: o Deter (do Inpe, para a Amazônia e o Cerrado), o SAD (do Imazon, para a Amazônia), o Glad (da Universidade de Maryland, para Mata Atlântica, Pantanal e Pampa), o Sirad-X (do Instituto Socioambiental, para a bacia do Xingu), e o novo SAD Caatinga (da Universidade Estadual de Feira de Santana e da Geodatin).
"O MapBiomas tem como propósito entender as transformações que acontecem no território brasileiro, por meio da ciência, e tornar acessível o conhecimento sobre a cobertura e o uso da terra, para buscar a conservação e o manejo sustentável dos recursos naturais, e a mitigação das mudanças naturais", destacou Tasso Azevedo.
https://aamazonia.com.br/amazonia-e-cerrado-responderam-por-892-do-desmatamento-no-brasil-em-2021-diz-relatorio-anual-do-mapbiomas/
Bruno Pacheco - Da Agência Amazônia
18 julho, 202214:07
MANAUS - O Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD), do MapBiomas Alerta, divulgado nesta segunda-feira, 18, mostrou que a Amazônia e o Cerrado concentraram 89,2% de todo o desmatamento registrado no Brasil, em 2021. Ao todo, o País perdeu 16.557 km² da cobertura de vegetação nativa em todos os biomas brasileiros no ano passado, um aumento de 20% em relação a 2020 (13.853 km²).
Somente na Amazônia, foram 997.773 hectares devastados em 2021, ou seja, 59% da área total desmatada no Brasil. O Cerrado, de acordo com o estudo, registrou 500.537 hectares (30,2%) destruídos em todo o ano passado. "Juntos, em todos os biomas houve crescimento. Não é um fenômeno que acontece apenas na Amazônia ou no Cerrado, mas em todos", declarou Tasso Azevedo, coordenador-geral do MapBiomas.
Veja também: Terras Indígenas concentram menos de 2% de desmatamento em 36 anos, mostra Mapbiomas
Ainda segundo a pesquisa, apresentada em uma live no YouTube, a Caatinga representou 7% de todo o desmatamento no País, com 116.260 de destruição. Os demais biomas têm os seguintes números: Mata Atlântica, com 30.155 ha (1,8%); Pantanal, com 28.671 ha (1,7%) e Pama, com 2.426 (0,1%). O MapBiomas mostrou ainda que 97% do desmatamento no Brasil ocorreu por conta da agropecuária, ou seja, a agricultura e a pecuária.
O garimpo, a mineração, a expansão urbana e outras causas completam os dados de vetores da destruição, de acordo com a pesquisa. O Estado do Pará foi o que mais desmatou no ano passado, com 402.492 hectares destruídos, seguido pelo Amazonas (194.485 ha), Mato Grosso (189.888 ha), Maranhão (167.047 ha) e Bahia (152.098 ha).
"O maior desmatamento detectado em 2021 no Brasil foi no município de Jaborandi, no cerrado da Bahia, com 4.977 hectares. Esse é um desmatamento que existe uma autorização de Supressão da Vegetação Nativa (AVN), emitida pelo Inema [Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos], na Bahia, em setembro de 2020 para imóvel", frisou Azevedo.
Fonte: Relatório Anual de Desmatamento no Brasil (RAD) do MapBiomas Alerta
A pesquisa também detectou 69.796 alertas de desmatamento, validados e refinados em 2021. Além disso, o MapBiomas registrou que o total desmatado no Brasil nos três últimos anos, em 2019, 2020 e 2021, foi de 42.517 km², que representa quase a área total do território do Estado do Rio de Janeiro, que tem 43.750 km², de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
"Em 21 Estados, houve aumento no desmatamento. Somente quatro Estados, Santa Catarina, Amapá, Espírito Santo e Rio de Janeiro, tiveram queda e dois, praticamente, ficaram estáveis. O Amazonas passou a ser o segundo Estado com mais desmatamento", salientou Marcos Rosa, coordenador-técnico MapBiomas.
Velocidade do desmatamento
A velocidade média com que o desmatamento ocorreu no Brasil chegou, no ano passado, a 0,18 hectares por dia para cada evento detectado. Em 2020, esse número era de 0,16 ha. O MapBiomas também registrou que o País teve 189 de hectares desmatados por hora em 2021.
"A área desmatada, média, por dia, no Brasil, foi de 4,5 mil hectares. Se a gente olhar na Amazônia, inclusive, a gente teve, em média, 1,9 hectares por minuto, o que dá 18 árvores por segundo, uma velocidade bem grande", frisou Tasso Azevedo.
MapBiomas
O MapBiomas Alerta é uma iniciativa do consórcio MapBiomas, formado por mais de 20 organizações, entre ONGs, universidades e empresas de tecnologia, e que processa alertas de desmatamento emitidos por cinco sistemas: o Deter (do Inpe, para a Amazônia e o Cerrado), o SAD (do Imazon, para a Amazônia), o Glad (da Universidade de Maryland, para Mata Atlântica, Pantanal e Pampa), o Sirad-X (do Instituto Socioambiental, para a bacia do Xingu), e o novo SAD Caatinga (da Universidade Estadual de Feira de Santana e da Geodatin).
"O MapBiomas tem como propósito entender as transformações que acontecem no território brasileiro, por meio da ciência, e tornar acessível o conhecimento sobre a cobertura e o uso da terra, para buscar a conservação e o manejo sustentável dos recursos naturais, e a mitigação das mudanças naturais", destacou Tasso Azevedo.
https://aamazonia.com.br/amazonia-e-cerrado-responderam-por-892-do-desmatamento-no-brasil-em-2021-diz-relatorio-anual-do-mapbiomas/
As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.