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Notícias
Pelo quarto ano seguido, alertas de desmatamentos na Amazônia quebram recorde no 1o semestre
08/07/2022
Fonte: Valor Econômico - https://valor.globo.com/brasil/noticia
Pelo quarto ano seguido, alertas de desmatamentos na Amazônia quebram recorde no 1o semestre
Apenas em junho, os alertas de desmatamento mostraram 1.120 km², o maior número desde 2016
Por Daniela Chiaretti, Valor - São Paulo 08/07/2022
O desmatamento da Amazônia fechou o primeiro semestre de 2022 com perda de 3.988 km², segundo os alertas do Inpe. É um recorde pelo quarto ano consecutivo no período. O aumento em relação ao acumulado de janeiro a junho de 2021 foi de 10,6%.
Em junho, os alertas de desmatamento mostraram 1.120 km². É o maior número desde 2016, quando começaram os registros e uma alta de 130% em relação a junho de 2018, o último ano do governo Temer, segundo alertou o Observatório do Clima. Os Estados que mais desmataram em junho foram o Amazonas e o Pará.
De agosto a junho, seguindo o cronograma utilizado pelo Inpe - que mede o desmatamento 'anual' entre agosto e julho do ano seguinte - os alertas de desmatamento foram de 7.104 km², um ligeiro decréscimo em relação aos 7.282 km² do mesmo período de 2021.
No Cerrado, a devastação aumentou 44,5% no primeiro semestre, chegando a 3.638 km² de janeiro a junho.
Em junho, apenas foram 1.062 km² que vieram abaixo no Cerrado, mais que o dobro do registrado no mesmo mês de 2021 (485 km²). Os Estados que mais desmataram foram Maranhão e Tocantins.
"No ano em que se completa uma década da sanção do Código Florestal estamos vendo o resultado dos sucessivos ataques a essa legislação, notadamente as tentativas do Congresso Nacional de ampliar o prazo de anistia a crimes ambientais, incluindo o desmatamento", alerta Mauricio Voivodic, diretor-executivo do WWF-Brasil.
"Toda a grilagem ocorrida desde o prazo determinado em lei, de 2008, ocorre porque o Congresso emite sinais constantes de que essa data poderá ser alterada, beneficiando os grileiros", continua ele, em nota ao Valor.
"Ano de eleição é sempre um ano em que o desmatamento foge do controle, e não seria diferente no último ano deste governo que fez do descontrole do desmatamento a sua principal política nesta área", diz Adriana Ramos, assessora política e direito socioambiental do Instituto SocioAmbiental (ISA).
"A Amazônia colhe o que o governo Bolsonaro plantou: descontrole e destruição", diz Adriana.
"Os sucessivos recordes de desmatamento, como o vergonhoso número de 3.988 km² de destruição da Amazônia Legal nos seis primeiros meses deste ano são evidências do incentivo à grilagem", segue Voivodic.
"Perdemos 3.988 km² na Amazônia Legal em apenas seis meses, confirmando a tendência de intensificação do desmate dos últimos três anos. Quando perdemos floresta, colocamos em risco nosso futuro", diz Mariana Napolitano, gerente de ciências do WWF-Brasil.
"A Amazônia é chave para a regulação das chuvas das quais dependem nossa agricultura, nosso abastecimento de água potável e a disponibilidade de hidroeletricidade. O roubo de terras públicas e o garimpo ilegal, que não geram riqueza ou qualidade de vida, está destruindo nosso futuro", segue Mariana.
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2022/07/08/pelo-quarto-ano-seguido-alertas-de-desmatamentos-na-amazonia-quebram-recorde-no-1o-semestre.ghtml
Apenas em junho, os alertas de desmatamento mostraram 1.120 km², o maior número desde 2016
Por Daniela Chiaretti, Valor - São Paulo 08/07/2022
O desmatamento da Amazônia fechou o primeiro semestre de 2022 com perda de 3.988 km², segundo os alertas do Inpe. É um recorde pelo quarto ano consecutivo no período. O aumento em relação ao acumulado de janeiro a junho de 2021 foi de 10,6%.
Em junho, os alertas de desmatamento mostraram 1.120 km². É o maior número desde 2016, quando começaram os registros e uma alta de 130% em relação a junho de 2018, o último ano do governo Temer, segundo alertou o Observatório do Clima. Os Estados que mais desmataram em junho foram o Amazonas e o Pará.
De agosto a junho, seguindo o cronograma utilizado pelo Inpe - que mede o desmatamento 'anual' entre agosto e julho do ano seguinte - os alertas de desmatamento foram de 7.104 km², um ligeiro decréscimo em relação aos 7.282 km² do mesmo período de 2021.
No Cerrado, a devastação aumentou 44,5% no primeiro semestre, chegando a 3.638 km² de janeiro a junho.
Em junho, apenas foram 1.062 km² que vieram abaixo no Cerrado, mais que o dobro do registrado no mesmo mês de 2021 (485 km²). Os Estados que mais desmataram foram Maranhão e Tocantins.
"No ano em que se completa uma década da sanção do Código Florestal estamos vendo o resultado dos sucessivos ataques a essa legislação, notadamente as tentativas do Congresso Nacional de ampliar o prazo de anistia a crimes ambientais, incluindo o desmatamento", alerta Mauricio Voivodic, diretor-executivo do WWF-Brasil.
"Toda a grilagem ocorrida desde o prazo determinado em lei, de 2008, ocorre porque o Congresso emite sinais constantes de que essa data poderá ser alterada, beneficiando os grileiros", continua ele, em nota ao Valor.
"Ano de eleição é sempre um ano em que o desmatamento foge do controle, e não seria diferente no último ano deste governo que fez do descontrole do desmatamento a sua principal política nesta área", diz Adriana Ramos, assessora política e direito socioambiental do Instituto SocioAmbiental (ISA).
"A Amazônia colhe o que o governo Bolsonaro plantou: descontrole e destruição", diz Adriana.
"Os sucessivos recordes de desmatamento, como o vergonhoso número de 3.988 km² de destruição da Amazônia Legal nos seis primeiros meses deste ano são evidências do incentivo à grilagem", segue Voivodic.
"Perdemos 3.988 km² na Amazônia Legal em apenas seis meses, confirmando a tendência de intensificação do desmate dos últimos três anos. Quando perdemos floresta, colocamos em risco nosso futuro", diz Mariana Napolitano, gerente de ciências do WWF-Brasil.
"A Amazônia é chave para a regulação das chuvas das quais dependem nossa agricultura, nosso abastecimento de água potável e a disponibilidade de hidroeletricidade. O roubo de terras públicas e o garimpo ilegal, que não geram riqueza ou qualidade de vida, está destruindo nosso futuro", segue Mariana.
https://valor.globo.com/brasil/noticia/2022/07/08/pelo-quarto-ano-seguido-alertas-de-desmatamentos-na-amazonia-quebram-recorde-no-1o-semestre.ghtml
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