From Indigenous Peoples in Brazil
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Número de índios mortos por suspeita de rotavírus é maior, diz conselho
20/01/2012
Autor: Wilson Lima
Fonte: Último Segundo - http://ultimosegundo.ig.com.br/
Cimi diz que 16 crianças já morreram em região do Acre, já Ministério da Saúde fala em 12 óbitos; há 186 casos suspeitos de diarreia aguda
O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ONG ligada à Igreja Católica afirmou nesta sexta-feira (20), que o número de mortes por suspeita de rotavírus no interior do Acre é maior do que o divulgado oficialmente pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde.
O Cimi diz que 16 crianças já morreram na região de Santa Rosa dos Purus com os mesmos sintomas. O Ministério da Saúde declarou que eram apenas 12 mortes em processo de investigação. Na quinta-feira, o Sesai chegou a falar em 13 óbitos.
A morte mais recente ocorreu na manhã desta sexta-feira. Conforme informações do Cimi, um bebê de nove meses da etnia Apurinã morreu na capital do Acre, Rio Branco.
A morte da criança foi confirmada pelo Ministério da Saúde no final da tarde desta sexta-feira. Todas as vítimas apresentavam os mesmos sintomas: diarreia, febre e vômito. Das 12 mortes investigadas pelo Ministério, nove são de Doença Diarreica Aguda (DDA). A síndrome pode ser causada por rotavírus.
O indígena Ninawá Huni Kuin, conselheiro de saúde e integrante do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Alto Rio Purus, afirma que as outras mortes não foram notificadas pelo Ministério da Saúde porque elas ocorreram dentro das aldeias e os bebês não tiveram como serem atendidas na região.
"Apesar de não estarmos tão longe das cidades, o acesso às aldeias ocorre apenas por barco. Por isso, nem sempre é possível salvar crianças em situação mais grave", afirmou Kuin.
Nas aldeias onde ocorreram estas mortes, conforme os indígenas, não existem postos avançados de saúde indígena. O deslocamento de pessoas com algum tipo de doença é feito de canoa e a viagem para as cidades mais próximas, Manoel Urbano e Sena Madureira, dura pelo menos duas horas.
Nesta sexta-feira, cinco crianças indígenas estão internadas no Hospital da Criança de Rio Branco. Uma delas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave. Todas são do município de Santa Rosa dos Purus. Equipes de Brasília estão no Acre investigando a causa das mortes. Oficialmente não se fala de surto. Das 46 aldeias de Santa Rosa, em 20 houve notificação de crianças com os mesmos sintomas.
Ainda pelas informações da Saúde, do dia 4 de dezembro até o dia 14 de janeiro deste ano, foram identificados 186 casos suspeitos de DDA na região. Setenta apenas no início de 2012. "Equipes multiprofissionais de saúde indígena do Ministério da Saúde já prestam assistência na região onde foram identificados os casos. São seis profissionais", informou o Ministério da Saúde.
http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/numero-de-indios-mortos-por-suspeita-de-rotavirus-e-maior-diz-co/n1597589446335.html
O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), ONG ligada à Igreja Católica afirmou nesta sexta-feira (20), que o número de mortes por suspeita de rotavírus no interior do Acre é maior do que o divulgado oficialmente pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde.
O Cimi diz que 16 crianças já morreram na região de Santa Rosa dos Purus com os mesmos sintomas. O Ministério da Saúde declarou que eram apenas 12 mortes em processo de investigação. Na quinta-feira, o Sesai chegou a falar em 13 óbitos.
A morte mais recente ocorreu na manhã desta sexta-feira. Conforme informações do Cimi, um bebê de nove meses da etnia Apurinã morreu na capital do Acre, Rio Branco.
A morte da criança foi confirmada pelo Ministério da Saúde no final da tarde desta sexta-feira. Todas as vítimas apresentavam os mesmos sintomas: diarreia, febre e vômito. Das 12 mortes investigadas pelo Ministério, nove são de Doença Diarreica Aguda (DDA). A síndrome pode ser causada por rotavírus.
O indígena Ninawá Huni Kuin, conselheiro de saúde e integrante do Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Alto Rio Purus, afirma que as outras mortes não foram notificadas pelo Ministério da Saúde porque elas ocorreram dentro das aldeias e os bebês não tiveram como serem atendidas na região.
"Apesar de não estarmos tão longe das cidades, o acesso às aldeias ocorre apenas por barco. Por isso, nem sempre é possível salvar crianças em situação mais grave", afirmou Kuin.
Nas aldeias onde ocorreram estas mortes, conforme os indígenas, não existem postos avançados de saúde indígena. O deslocamento de pessoas com algum tipo de doença é feito de canoa e a viagem para as cidades mais próximas, Manoel Urbano e Sena Madureira, dura pelo menos duas horas.
Nesta sexta-feira, cinco crianças indígenas estão internadas no Hospital da Criança de Rio Branco. Uma delas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em estado grave. Todas são do município de Santa Rosa dos Purus. Equipes de Brasília estão no Acre investigando a causa das mortes. Oficialmente não se fala de surto. Das 46 aldeias de Santa Rosa, em 20 houve notificação de crianças com os mesmos sintomas.
Ainda pelas informações da Saúde, do dia 4 de dezembro até o dia 14 de janeiro deste ano, foram identificados 186 casos suspeitos de DDA na região. Setenta apenas no início de 2012. "Equipes multiprofissionais de saúde indígena do Ministério da Saúde já prestam assistência na região onde foram identificados os casos. São seis profissionais", informou o Ministério da Saúde.
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