From Indigenous Peoples in Brazil
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Obra da Usina de Belo Monte vai atrasar um ano
17/12/2009
Fonte: OESP, Economia, p. B10
Obra da Usina de Belo Monte vai atrasar um ano
Ministro Lobão diz que atraso decorre da demora do Ibama de conceder o licenciamento ambiental
Leonardo Goy
Brasília
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que a construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), deverá atrasar um ano por conta da demora do licenciamento ambiental. "Esperávamos obter a licença há algumas semanas. Como isso não aconteceu, vamos atrasar um ano a construção dessa usina, que é uma espécie de joia da coroa do sistema elétrico", disse Lobão.
Com a previsão de atraso, os primeiros megawatts de Belo Monte só deverão entrar no sistema em 2015 e não em 2014, como estava previsto. Quando estiver concluída, a usina terá capacidade de gerar 11,2 mil megawatts (MW).
No melhor cenário, o próprio Ibama estima que a licença prévia de Belo Monte - sem a qual não é possível leiloar a concessão do projeto - seja liberada no início de 2010.
Essa licença já provocou atritos entre órgãos do governo. Há algumas semanas, alegando pressões para liberar a licença, dois importantes funcionários do Ibama pediram exoneração do cargo: o ex-diretor de Licenciamento Sebastião Custódio Pires e o ex-coordenador de Infraestrutura de Energia Leozildo Tabajara da Silva Benjamin.
ALTERNATIVAS
Em audiência pública, ontem, na Câmara, Lobão reforçou que o atraso em hidrelétricas como a de Belo Monte obriga o governo a recorrer a alternativas "seguramente mais caras e poluentes".
Entretanto, ao ser perguntado se usinas termoelétricas deverão ser usadas para compensar o atraso da hidrelétrica, Lobão disse que o governo vai procurar outras saídas, como as centrais eólicas.
"Temos outras alternativas, como as eólicas. Fizemos na segunda-feira o leilão de centrais que vão entrar no sistema mais rapidamente que Belo Monte", disse o ministro.
Na segunda-feira, o leilão de energia eólica promovido pelo governo negociou 1,8 mil megawatts de potência que começarão a ser gerados em 2012.
Lobão também indicou que o atraso da licença de Belo Monte poderia ainda ser compensado por uma eventual aceleração do cronograma de obras por parte do consórcio que vier a arrematar a usina.
Procurada para comentar as declarações de Lobão, a Assessoria de Imprensa do Ibama não se manifestou. Além da questão da liberação da licença em si, o projeto de Belo Monte sofre forte oposição por parte das comunidades indígenas que vivem na região.
Recentemente, até o cantor britânico Sting, que há muito defende os índios do Xingu, fez ressalvas ao projeto da hidrelétrica. "Temos toda a consideração pelos índios, que têm 13% de todo o território brasileiro. Isso demonstra o apreço e respeito que a nação tem pelos seus índios", disse Lobão.
OESP, 17/12/2009, Economia, p. B10
Ministro Lobão diz que atraso decorre da demora do Ibama de conceder o licenciamento ambiental
Leonardo Goy
Brasília
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse ontem que a construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA), deverá atrasar um ano por conta da demora do licenciamento ambiental. "Esperávamos obter a licença há algumas semanas. Como isso não aconteceu, vamos atrasar um ano a construção dessa usina, que é uma espécie de joia da coroa do sistema elétrico", disse Lobão.
Com a previsão de atraso, os primeiros megawatts de Belo Monte só deverão entrar no sistema em 2015 e não em 2014, como estava previsto. Quando estiver concluída, a usina terá capacidade de gerar 11,2 mil megawatts (MW).
No melhor cenário, o próprio Ibama estima que a licença prévia de Belo Monte - sem a qual não é possível leiloar a concessão do projeto - seja liberada no início de 2010.
Essa licença já provocou atritos entre órgãos do governo. Há algumas semanas, alegando pressões para liberar a licença, dois importantes funcionários do Ibama pediram exoneração do cargo: o ex-diretor de Licenciamento Sebastião Custódio Pires e o ex-coordenador de Infraestrutura de Energia Leozildo Tabajara da Silva Benjamin.
ALTERNATIVAS
Em audiência pública, ontem, na Câmara, Lobão reforçou que o atraso em hidrelétricas como a de Belo Monte obriga o governo a recorrer a alternativas "seguramente mais caras e poluentes".
Entretanto, ao ser perguntado se usinas termoelétricas deverão ser usadas para compensar o atraso da hidrelétrica, Lobão disse que o governo vai procurar outras saídas, como as centrais eólicas.
"Temos outras alternativas, como as eólicas. Fizemos na segunda-feira o leilão de centrais que vão entrar no sistema mais rapidamente que Belo Monte", disse o ministro.
Na segunda-feira, o leilão de energia eólica promovido pelo governo negociou 1,8 mil megawatts de potência que começarão a ser gerados em 2012.
Lobão também indicou que o atraso da licença de Belo Monte poderia ainda ser compensado por uma eventual aceleração do cronograma de obras por parte do consórcio que vier a arrematar a usina.
Procurada para comentar as declarações de Lobão, a Assessoria de Imprensa do Ibama não se manifestou. Além da questão da liberação da licença em si, o projeto de Belo Monte sofre forte oposição por parte das comunidades indígenas que vivem na região.
Recentemente, até o cantor britânico Sting, que há muito defende os índios do Xingu, fez ressalvas ao projeto da hidrelétrica. "Temos toda a consideração pelos índios, que têm 13% de todo o território brasileiro. Isso demonstra o apreço e respeito que a nação tem pelos seus índios", disse Lobão.
OESP, 17/12/2009, Economia, p. B10
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