From Indigenous Peoples in Brazil
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Estudantes aprendem cultura indígena
20/04/1999
Fonte: O Popular
Documentos anexos
Estudantes aprendem cultura indígena
A Semana do índio, que começou a ser comemorada sábado e se encerra hoje, tem se prestado como uma aula ao vivo sobre a cultura e os hábitos indígenas de várias tribos brasileiras. Ontem, Dia do índio, o aprendizado teve a participação de alunos da rede pública e particular de ensino da capital, que foram conferir de perto a dança, esculturas, música e artesanato, feito com materiais vegetais e com barro, e exposição de fotografias. Várias escolas de Goiânia receberam a visita de líderes de tribos, que falaram aos estudantes sobre a história do índio no Brasil, abordando o choque cultural, a perda de suas terras e o processo de aculturação.
Pessoas que passavam pelas imediações da Praça Cívica eram atraídas pelo som das danças e gritos de índios e caciques que, com os corpos pintados, brandiam instrumentos consagrados aos deuses e ensinavam aos brancos a arte e segredos dos povos das florestas. Três malocas foram erguidas no local, formando uma pequena aldeia em pleno coração da cidade e bem na frente da casa do chefe branco, o Palácio das Esmeraldas. Crianças índias ostentavam arcos e flechas e repetiam em brincadeiras o gesto com o qual os seus ancestrais garantiam a caça e a pesca para alimentar a prole.
O ato teve seu lado político, à maneira indígena. "Queremos nossas terras demarcadas para que possamos plantar e alimentar nossas famílias', proclamava o cacique Raul Hawakati, da tribo carajá, de Aruanã. Cerca de 50 índios das tribos xavante, kamaiurá, kui kuru, kalapalu, nafukurá, todos da região do Alto Xingu (MT), participam até hoje da festa na praça, organizada pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, Fundação Nacional do Índio (Funai) e Casa do Índio. Os funiôs vieram de Pernambuco, viajando mais de 2 mil quilômetros para participar das solenidades.
O Popular, 20/04/1999
A Semana do índio, que começou a ser comemorada sábado e se encerra hoje, tem se prestado como uma aula ao vivo sobre a cultura e os hábitos indígenas de várias tribos brasileiras. Ontem, Dia do índio, o aprendizado teve a participação de alunos da rede pública e particular de ensino da capital, que foram conferir de perto a dança, esculturas, música e artesanato, feito com materiais vegetais e com barro, e exposição de fotografias. Várias escolas de Goiânia receberam a visita de líderes de tribos, que falaram aos estudantes sobre a história do índio no Brasil, abordando o choque cultural, a perda de suas terras e o processo de aculturação.
Pessoas que passavam pelas imediações da Praça Cívica eram atraídas pelo som das danças e gritos de índios e caciques que, com os corpos pintados, brandiam instrumentos consagrados aos deuses e ensinavam aos brancos a arte e segredos dos povos das florestas. Três malocas foram erguidas no local, formando uma pequena aldeia em pleno coração da cidade e bem na frente da casa do chefe branco, o Palácio das Esmeraldas. Crianças índias ostentavam arcos e flechas e repetiam em brincadeiras o gesto com o qual os seus ancestrais garantiam a caça e a pesca para alimentar a prole.
O ato teve seu lado político, à maneira indígena. "Queremos nossas terras demarcadas para que possamos plantar e alimentar nossas famílias', proclamava o cacique Raul Hawakati, da tribo carajá, de Aruanã. Cerca de 50 índios das tribos xavante, kamaiurá, kui kuru, kalapalu, nafukurá, todos da região do Alto Xingu (MT), participam até hoje da festa na praça, organizada pela Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, Fundação Nacional do Índio (Funai) e Casa do Índio. Os funiôs vieram de Pernambuco, viajando mais de 2 mil quilômetros para participar das solenidades.
O Popular, 20/04/1999
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