From Indigenous Peoples in Brazil
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News

Brasil e França cobram ação de EUA e China no clima

15/11/2009

Fonte: FSP, Ciência, p. A22



Brasil e França cobram ação de EUA e China no clima
Lula e Sarkozy tentarão evitar que Obama e Jintao abandonem encontro de Copenhague para negociar acordo bilateral isolado

Cíntia Cardoso
Colaboração para a Folha em Paris

Os presidentes do Brasil e da França selaram uma parceria ontem para aumentar a pressão sobre Estados Unidos e China, países que tardam em apresentar propostas para a conferência do clima de Copenhague, em dezembro. Luiz Inácio Lula da Silva e Nicolas Sarkozy pretendem evitar que chineses e americanos façam um acordo bilateral paralelo.
"Não temos o direito de permitir que o presidente Obama [EUA] e o presidente Hu Jintao [China] façam um acordo com base apenas nas duas realidades politicas e econômicas dos seus países", disse Lula, após se reunir com Sarkozy no Palácio do Eliseu, em Paris. "No fundo, a gente está percebendo a tentativa de criação de um G2 com interesses específicos para resolver os problemas políticos e climáticos dos dois países sem se importar com a responsabilidade que temos que ter com o conjunto da humanidade: pobres e ricos, norte e sul."
O presidente brasileiro disse que deve telefonar para o presidente Barack Obama nessa segunda-feira para cobrar uma posição mais ousada dos EUA no encontro de Copenhage.
Segundo a declaração conjunta, Brasil e França concordam que os países do Anexo 1 (países desenvolvidos) "devam delinear trajetórias de emissões condizentes com a meta de redução das suas emissões em pelo menos 80% até 2050 em relação a 1990".
Para os gigantes emergentes, Lula reservou críticas: "A China não tem a mesma responsabilidade dos países desenvolvidos, mas cresce de forma extraordinária e tem que ter um pouco mais de ousadia".
O encontro entre Lula e Sarkozy foi organizado para anunciar a posição comum da França e do Brasil em relação às mudanças climáticas. A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, apresentou à França a proposta brasileira de reduzir de 36,1% a 38,9% as suas emissões de gases-estufa até 2020. Saykozy elogiou a meta do Brasil e disse que a atitude ajuda a mostrar que o país está maduro o suficiente para obter um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Os dois presidentes planejam uma turnê mundial em busca de apoio para o novo acordo do clima. "Vamos convencer a África a ficar conosco e também a Ásia", , disse Sarkozy. "Com Lula, faremos o possível para colocar o maior número de países possível num eixo de propostas para Copenhage".
O presidente francês disse ainda que pode ir ao Brasil, a convite de Lula, para uma cúpula de países amazônicos a ser realizada em Manaus, provavelmente em 26 de novembro.
Outro ponto comum defendido pela França e pelo Brasil é a criação de uma organização ambiental global. Após a reunião com Sarkozy, Lula viajou para Roma, onde participa hoje da Cúpula Mundial sobre Segurança Alimentar.

FSP, 15/11/2009, Ciência, p. A22
 

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