From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Sete servidores da Funasa são mantidos reféns por índios em São Paulo e no Pará
30/05/2008
Fonte: FSP, Brasil, p. A11
Sete servidores da Funasa são mantidos reféns por índios em São Paulo e no Pará
Da agência Folha
Sete funcionários da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) eram mantidos reféns até o início da noite de ontem: seis servidores em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, e um em Capitão Poço, no Pará.
Em Cuiabá (MT), índios mantiveram invadido ontem o prédio do órgão na capital. Em Carmésia (MG), índios pataxós mantêm dois caminhões com tubos de aço da mineradora MMX parados.
No litoral paulista, segundo a Funasa, seis técnicos da fundação foram à aldeia indígena guarani tratar de ações para melhorias nas condições de saneamento e saúde da comunidade local. Um dos funcionários, que não teve o nome divulgado, avisou que o grupo passava bem, mas que estava impedido de deixar a área. Na aldeia, vivem cerca de 50 indígenas.
Um ofício foi enviado à Polícia Federal, que apura o caso. A Funasa informou ainda que os índios não apresentaram uma pauta de reivindicações. A reportagem não conseguiu contato com líderes indígenas da região na tarde de ontem.
Em Capitão Poço (224 km de Belém), o servidor Raimundo Jorge Freire foi feito refém anteontem à tarde durante uma reunião com índios tembés. Ele foi levado para a aldeia da etnia, na zona rural da cidade.
Os tembés querem que a fundação pague dívidas que eles contraíram no comércio da cidade, por meio da verba de um convênio com uma ONG que está suspenso por irregularidades. Eles também querem a reforma de um posto de enfermagem na aldeia. Freire permanecia na aldeia ontem. A situação é tranqüila, segundo a Funasa.
Em Cuiabá, cerca de 70 índios das etnias irantxe e mynky permaneciam ontem no prédio da Funasa, invadido na última segunda-feira. Insatisfeitos com um atraso de cinco meses no repasse de verbas para o atendimento à saúde indígena nas aldeias, eles reclamam que ainda não foram ouvidos pela direção do órgão em Brasília.
Ontem, a Justiça Federal de Mato Grosso concedeu uma liminar de reintegração de posse. Segundo o órgão, a retirada dos índios pela PF ainda não é cogitada. Segundo a Funasa, a ordem de pagamento do repasse em atraso será feita ainda hoje e deverá estar disponível a partir da próxima semana.
Em Carmésia (MG), segundo o líder indígena Ronildo Pataxó, os índios decidiram retirar os caminhões da rodovia MG-232 e continuar com os veículos para garantir que a MMX negocie a doação de tratores e outras máquinas agrícolas para compensar o aumento do tráfego na reserva. (JOSÉ EDUARDO RONDON, RODRIGO VARGAS, CÍNTIA ACAYABA e JOÃO CARLOS MAGALHÃES)
FSP, 30/05/2008, Brasil, p. A11
Da agência Folha
Sete funcionários da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) eram mantidos reféns até o início da noite de ontem: seis servidores em Ubatuba, litoral norte de São Paulo, e um em Capitão Poço, no Pará.
Em Cuiabá (MT), índios mantiveram invadido ontem o prédio do órgão na capital. Em Carmésia (MG), índios pataxós mantêm dois caminhões com tubos de aço da mineradora MMX parados.
No litoral paulista, segundo a Funasa, seis técnicos da fundação foram à aldeia indígena guarani tratar de ações para melhorias nas condições de saneamento e saúde da comunidade local. Um dos funcionários, que não teve o nome divulgado, avisou que o grupo passava bem, mas que estava impedido de deixar a área. Na aldeia, vivem cerca de 50 indígenas.
Um ofício foi enviado à Polícia Federal, que apura o caso. A Funasa informou ainda que os índios não apresentaram uma pauta de reivindicações. A reportagem não conseguiu contato com líderes indígenas da região na tarde de ontem.
Em Capitão Poço (224 km de Belém), o servidor Raimundo Jorge Freire foi feito refém anteontem à tarde durante uma reunião com índios tembés. Ele foi levado para a aldeia da etnia, na zona rural da cidade.
Os tembés querem que a fundação pague dívidas que eles contraíram no comércio da cidade, por meio da verba de um convênio com uma ONG que está suspenso por irregularidades. Eles também querem a reforma de um posto de enfermagem na aldeia. Freire permanecia na aldeia ontem. A situação é tranqüila, segundo a Funasa.
Em Cuiabá, cerca de 70 índios das etnias irantxe e mynky permaneciam ontem no prédio da Funasa, invadido na última segunda-feira. Insatisfeitos com um atraso de cinco meses no repasse de verbas para o atendimento à saúde indígena nas aldeias, eles reclamam que ainda não foram ouvidos pela direção do órgão em Brasília.
Ontem, a Justiça Federal de Mato Grosso concedeu uma liminar de reintegração de posse. Segundo o órgão, a retirada dos índios pela PF ainda não é cogitada. Segundo a Funasa, a ordem de pagamento do repasse em atraso será feita ainda hoje e deverá estar disponível a partir da próxima semana.
Em Carmésia (MG), segundo o líder indígena Ronildo Pataxó, os índios decidiram retirar os caminhões da rodovia MG-232 e continuar com os veículos para garantir que a MMX negocie a doação de tratores e outras máquinas agrícolas para compensar o aumento do tráfego na reserva. (JOSÉ EDUARDO RONDON, RODRIGO VARGAS, CÍNTIA ACAYABA e JOÃO CARLOS MAGALHÃES)
FSP, 30/05/2008, Brasil, p. A11
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