From Indigenous Peoples in Brazil
News
Impactos causados pela hidrelétrica de Balbina são apresentados em pesquisa
03/08/2017
Fonte: A Crítica - http://www.acritica.com/
Consequências ambientais causadas nos últimos 28 anos pela usina hidrelétrica é tema da pesquisa do estudante de engenharia florestal Jekiston de Souza
Os impactos ambientais e sociais causados pelas instalações hidrelétricas causam intensas discussões há décadas. O assunto entrou em pauta, mais uma vez ontem, durante a apresentação de uma pesquisa, no VI Congresso de Iniciação Científica do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA). Desta vez o debate foi sobre os problemas provocados ao longo de 28 anos após a construção da Usina Hidrelétrica de Balbina, localizada no município de Presidente Figueiredo, município distante 130 quilômetros da capital Manaus.
A pesquisa foi desenvolvida pelo estudante de engenharia florestal e bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), Jekiston de Souza, 24, e desenvolvida ao longo de um ano na Reserva de Desenvolvimento Sustentável, localizada às margens do Rio Uatumã.
Trabalho de Jekiston de Souza analisou os impactos causadas pela usina
Segundo o estudante, o estudo tem como objetivo mostrar que os impactos causados pela hidrelétrica a médio prazo de tempo foram graves e os danos poderão ser sentidos por muitas décadas. "Esses tipos de empreendimentos afetam na emissão de gases, conflito entre comunidades afetadas, animais e insetos perdem hábitat e uma profunda alteração no ciclo hidrológico", disse.
Conforme o estudante pesquisador, ao longo de um ano cerca de 60 espécies de árvores mortas e vivas foram analisadas em laboratório e foi possível constatar que houve declínio do crescimento das espécies. Jekiston também disse que a barragem causou morte maciça de árvores, afetando o desenvolvimento de outras e morte de inúmeras outras.
O universitário pretende dar continuidades as pesquisas e estudos na área para identificar outros danos graves causados à população amazonense.
"A instalação da hidrelétrica causou sérios danos ecológicos de grandes proporções espaciais e temporais, pois nossa pesquisa mostra que há uma tendência para a continuidade da mortalidade dessas arvores, mesmo após 25 anos da implementação da hidrelétrica. Por exemplo, o rio era largo e após a barragem ao longo de todos esses anos estreitou, todas essas mudanças causaram sérios impactos", explicou.
Estudos não eram obrigatórios
Apesar dos danos ambientais serem considerados sérios, a engenheira florestal Laura Bernardes disse que quando a Usina Hidrelétrica de Balbina foi construída não existia a obrigatoriedade dos estudos de impacto ambiental e um relatório.
"Hoje são obrigatórios para o licenciamento de atividades potencialmente poluidoras e tem como objetivo identificar os possíveis impactos ambientais decorrentes da obra e operação da atividade", disse.
De acordo com a especialista, hoje a obrigatoriedade oferece a oportunidade de utilizar medidas e tecnologias apropriadas que diminuirão impactos negativos sobre o meio ambiente.
"Os estudos de impacto ambiental como etapa obrigatória para a concessão do licenciamento ambiental pelos órgãos competentes evitam que obras que se mostrem economicamente viáveis se tornem catastróficas do ponto de vista ambiental".
Mau negócio
No ano passado o Greenpeace Brasil lançou um relatório denominado "Hidrelétricas na Amazônia: um mau negócio para o Brasil e para o mundo". O objetivo era apresentar cenários de geração de eletricidade utilizando fontes renováveis mais limpas e menos prejudiciais, como a combinação de eólica, solar e biomassa.
http://www.acritica.com/channels/governo/news/impactos-causados-pela-hidreletrica-de-balbina-sao-apresentados-em-pesquisa
Os impactos ambientais e sociais causados pelas instalações hidrelétricas causam intensas discussões há décadas. O assunto entrou em pauta, mais uma vez ontem, durante a apresentação de uma pesquisa, no VI Congresso de Iniciação Científica do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA). Desta vez o debate foi sobre os problemas provocados ao longo de 28 anos após a construção da Usina Hidrelétrica de Balbina, localizada no município de Presidente Figueiredo, município distante 130 quilômetros da capital Manaus.
A pesquisa foi desenvolvida pelo estudante de engenharia florestal e bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), Jekiston de Souza, 24, e desenvolvida ao longo de um ano na Reserva de Desenvolvimento Sustentável, localizada às margens do Rio Uatumã.
Trabalho de Jekiston de Souza analisou os impactos causadas pela usina
Segundo o estudante, o estudo tem como objetivo mostrar que os impactos causados pela hidrelétrica a médio prazo de tempo foram graves e os danos poderão ser sentidos por muitas décadas. "Esses tipos de empreendimentos afetam na emissão de gases, conflito entre comunidades afetadas, animais e insetos perdem hábitat e uma profunda alteração no ciclo hidrológico", disse.
Conforme o estudante pesquisador, ao longo de um ano cerca de 60 espécies de árvores mortas e vivas foram analisadas em laboratório e foi possível constatar que houve declínio do crescimento das espécies. Jekiston também disse que a barragem causou morte maciça de árvores, afetando o desenvolvimento de outras e morte de inúmeras outras.
O universitário pretende dar continuidades as pesquisas e estudos na área para identificar outros danos graves causados à população amazonense.
"A instalação da hidrelétrica causou sérios danos ecológicos de grandes proporções espaciais e temporais, pois nossa pesquisa mostra que há uma tendência para a continuidade da mortalidade dessas arvores, mesmo após 25 anos da implementação da hidrelétrica. Por exemplo, o rio era largo e após a barragem ao longo de todos esses anos estreitou, todas essas mudanças causaram sérios impactos", explicou.
Estudos não eram obrigatórios
Apesar dos danos ambientais serem considerados sérios, a engenheira florestal Laura Bernardes disse que quando a Usina Hidrelétrica de Balbina foi construída não existia a obrigatoriedade dos estudos de impacto ambiental e um relatório.
"Hoje são obrigatórios para o licenciamento de atividades potencialmente poluidoras e tem como objetivo identificar os possíveis impactos ambientais decorrentes da obra e operação da atividade", disse.
De acordo com a especialista, hoje a obrigatoriedade oferece a oportunidade de utilizar medidas e tecnologias apropriadas que diminuirão impactos negativos sobre o meio ambiente.
"Os estudos de impacto ambiental como etapa obrigatória para a concessão do licenciamento ambiental pelos órgãos competentes evitam que obras que se mostrem economicamente viáveis se tornem catastróficas do ponto de vista ambiental".
Mau negócio
No ano passado o Greenpeace Brasil lançou um relatório denominado "Hidrelétricas na Amazônia: um mau negócio para o Brasil e para o mundo". O objetivo era apresentar cenários de geração de eletricidade utilizando fontes renováveis mais limpas e menos prejudiciais, como a combinação de eólica, solar e biomassa.
http://www.acritica.com/channels/governo/news/impactos-causados-pela-hidreletrica-de-balbina-sao-apresentados-em-pesquisa
The news items published by the Indigenous Peoples in Brazil site are researched daily from a variety of media outlets and transcribed as presented by their original source. ISA is not responsible for the opinios expressed or errors contained in these texts. Please report any errors in the news items directly to the source