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Belo Monte precisa de aporte de R$ 1,1 bilhão
15/01/2016
Fonte: Valor Econômico, Empresas, p. B2
Belo Monte precisa de aporte de R$ 1,1 bilhão
Rodrigo Polito e Camila Maia
Os acionistas do Norte Energia, consórcio responsável pela hidrelétrica de Belo Monte, em construção no rio Xingu, no Pará, terão que aportar mais R$ 1,1 bilhão no empreendimento. Segundo José Ailton de Lima, diretor da Chesf, uma das acionistas, e integrante do conselho de administração do consórcio, os sócios já aportaram R$ 590 milhões em 8 de janeiro e deverão colocar mais R$ 510 milhões, no início de fevereiro.
A Chesf tem 15% do Norte Energia. Os demais sócios são as estatais Eletronorte (19,98%), Eletrobras (15%); os fundos de pensão Petros (10%) e Funcef (10%); as elétricas Neoenergia (10%) e Amazônia (joint-venture entre Cemig e Light, com 9,77%); a Aliança Norte Energia (formada por Vale e Cemig, com 9%); a Sinobras (1%) e a J. Malucelli Energia (0,25%).
Segundo Lima, novos aportes podem ser necessários, caso Belo Monte não consiga negociar a parcela de 20% de sua energia que está descontratada no próximo leilão do tipo A-5 (com previsão de início de fornecimento em 2021), marcado para 31 de janeiro.
Se vender esse volume, da ordem de 915 megawatts (MW) médios, no leilão, o consórcio consegue obter o montante de R$ 2 bilhões de financiamento aprovado pelo BNDES.
"Temos uma verba a ser liberada pelo BNDES, de R$ 2 bilhões. Esta parcela está condicionada à apresentação de um contrato no ACL [ambiente de contratação livre]. Só que não conseguimos vender. Negociar um contrato de 30 anos de duração no mercado livre é praticamente inexequível", disse o executivo ao Valor.
Conforme antecipou o Valor na segunda-feira, Belo Monte foi beneficiada com uma mudança na regra dos leilões de geração que permite que usinas já existentes vendam a energia descontratada no A-5.
Assim, Belo Monte poderá participar do leilão de março e tentar negociar o volume descontratado.
O orçamento de Belo Monte é de R$ 26,3 bilhões, a preços de abril de 2010. Corrigindo a valores de hoje, o investimento estimado é de quase R$ 32 bilhões. Segundo Lima, o BNDES já financiou R$ 20,5 bilhões e os sócios já investiram R$ 7,3 bilhões, sem contar com os novos aportes que totalizam R$ 1,1 bilhão.
Belo Monte terá 11.233 MW de capacidade instalada e 4.571 MW de energia firme. Segundo Lima, a previsão é de que a hidrelétrica entre em operação em março.
Ontem, porém, a Justiça Federal de Altamira determinou a suspensão da licença de operação da usina até que a Norte Energia e o governo brasileiro cumpram a decisão judicial que obriga a reestruturação da Fundação Nacional do Índio (Funai) na região, para que possam atender os índios afetados pelo projeto. Em nota, a Norte Energia disse que ainda não foi notificada e que cumpriu todas as determinações da licença.
Valor Econômico, 15/01/2016, Empresas, p. B2
http://www.valor.com.br/empresas/4393230/belo-monte-precisa-de-aporte-de-r-11-bilhao
Rodrigo Polito e Camila Maia
Os acionistas do Norte Energia, consórcio responsável pela hidrelétrica de Belo Monte, em construção no rio Xingu, no Pará, terão que aportar mais R$ 1,1 bilhão no empreendimento. Segundo José Ailton de Lima, diretor da Chesf, uma das acionistas, e integrante do conselho de administração do consórcio, os sócios já aportaram R$ 590 milhões em 8 de janeiro e deverão colocar mais R$ 510 milhões, no início de fevereiro.
A Chesf tem 15% do Norte Energia. Os demais sócios são as estatais Eletronorte (19,98%), Eletrobras (15%); os fundos de pensão Petros (10%) e Funcef (10%); as elétricas Neoenergia (10%) e Amazônia (joint-venture entre Cemig e Light, com 9,77%); a Aliança Norte Energia (formada por Vale e Cemig, com 9%); a Sinobras (1%) e a J. Malucelli Energia (0,25%).
Segundo Lima, novos aportes podem ser necessários, caso Belo Monte não consiga negociar a parcela de 20% de sua energia que está descontratada no próximo leilão do tipo A-5 (com previsão de início de fornecimento em 2021), marcado para 31 de janeiro.
Se vender esse volume, da ordem de 915 megawatts (MW) médios, no leilão, o consórcio consegue obter o montante de R$ 2 bilhões de financiamento aprovado pelo BNDES.
"Temos uma verba a ser liberada pelo BNDES, de R$ 2 bilhões. Esta parcela está condicionada à apresentação de um contrato no ACL [ambiente de contratação livre]. Só que não conseguimos vender. Negociar um contrato de 30 anos de duração no mercado livre é praticamente inexequível", disse o executivo ao Valor.
Conforme antecipou o Valor na segunda-feira, Belo Monte foi beneficiada com uma mudança na regra dos leilões de geração que permite que usinas já existentes vendam a energia descontratada no A-5.
Assim, Belo Monte poderá participar do leilão de março e tentar negociar o volume descontratado.
O orçamento de Belo Monte é de R$ 26,3 bilhões, a preços de abril de 2010. Corrigindo a valores de hoje, o investimento estimado é de quase R$ 32 bilhões. Segundo Lima, o BNDES já financiou R$ 20,5 bilhões e os sócios já investiram R$ 7,3 bilhões, sem contar com os novos aportes que totalizam R$ 1,1 bilhão.
Belo Monte terá 11.233 MW de capacidade instalada e 4.571 MW de energia firme. Segundo Lima, a previsão é de que a hidrelétrica entre em operação em março.
Ontem, porém, a Justiça Federal de Altamira determinou a suspensão da licença de operação da usina até que a Norte Energia e o governo brasileiro cumpram a decisão judicial que obriga a reestruturação da Fundação Nacional do Índio (Funai) na região, para que possam atender os índios afetados pelo projeto. Em nota, a Norte Energia disse que ainda não foi notificada e que cumpriu todas as determinações da licença.
Valor Econômico, 15/01/2016, Empresas, p. B2
http://www.valor.com.br/empresas/4393230/belo-monte-precisa-de-aporte-de-r-11-bilhao
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