From Indigenous Peoples in Brazil
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News
Índios baniwa e waiwai conhecem miniusinas de processamento de produtos da floresta no Xingu
10/11/2015
Fonte: ISA - http://www.socioambiental.org
A comunidade Rio Novo, na Reserva Extrativista (Resex) do Rio Iriri, na Terra do Meio (PA), foi o ponto de encontro do intercâmbio sobre processamento de produtos da floresta promovido pelo ISA
Indígenas baniwa, do Alto Rio Negro (AM), e wai wai, de Roraima, além de moradores da Reserva Extrativista (Resex) do Rio Xingu, na Terra do Meio, e agricultores familiares da Associação Agroextrativista Sementes da Floresta (Assflor), do município de Uruará, encontraram-se com moradores da Resex do Iriri, também na Terra do Meio, no centro-sul do Pará, para conhecer a miniusina de beneficiamento de produtos da floresta instalada na área.
Inaugurada em 2011, a miniusina da comunidade de Rio Novo está sendo reformada e ampliada. O equipamento está permitindo aos extrativistas das Resex do Iriri, do Xingu e do Riozinho do Anfrísio, todas localizadas na mesma região, trabalhar de forma diferente, vendendo seus produtos diretamente às empresas, sem intermediários, e estruturando suas relações comerciais de forma diferenciada (saiba mais).
Hoje, 10 comunidades já implantaram o sistema de cantinas, onde uma pessoa é responsável por receber a produção dos demais comunitários e pagá-los, seja em dinheiro ou em mercadorias de uso cotidiano. Esse sistema permitiu gerar um capital de giro dentro da comunidade que viabiliza os processos de comercialização e beneficiamento de produtos extrativistas, como castanha, babaçu, andiroba, copaíba e borracha.
O objetivo do intercâmbio foi mostrar o que os extrativistas vêm fazendo e inspirá-los a melhorar suas técnicas tradicionais de extração de produtos da floresta e obter renda de forma justa e autônoma, mantendo a floresta em pé.
A atividade reuniu grupos que possuem experiências de comercialização e produção, proporcionando uma intensa troca de experiências e o planejamento de melhorias para as Resex da Terra do Meio, as Casas de Pimenta Baniwa, no Alto Rio Negro, e a produção de castanha dos Wai Wai, em Roraima.
Compartilhar e enriquecer experiências
Além de compartilhar sua rica (e saborosa) experiência com a produção nas Casas de Pimenta baniwa, Alfredo Brazão Baniwa trouxe a castanha do Rio Negro, o uará, para ser processada na miniusina. "Tenho certeza que eu vou praticar esse conhecimento bem próximo da técnica que eu aprendi aqui e um dia vocês serão convidados pra conhecer lá a extração de uará", disse.
Os índios wai wai já estão planejando a construção de dois paióis para organizar a comercialização de castanha nas Terras Indígenas Wai Wai e Trombetas-Mapuera (RR). A ideia é conquistar um contrato justo e ficar independente dos atravessadores, desafio enfrentado por muitas comunidades. A castanha wai wai chamou a atenção no intercâmbio por ser bem grande e por produzir na entressafra das principais regiões produtoras, de maio a agosto, revelando um enorme potencial comercial. O beneficiamento do babaçu também foi novidade para os indígenas, que já falam em construir uma miniusina com essa finalidade em breve.
A próxima miniusina será construída na comunidade Baliza, na Resex do Rio Xingu, onde os moradores já vêm se preparando há bastante tempo, participando de intercâmbios e investindo na organização comunitária para gerenciar o empreendimento, operar os equipamentos e processar principalmente o óleo e o mesocarpo do babaçu, a castanha e frutas. Recentemente estruturaram uma cantina e o capital de giro para viabilizar a comercialização da borracha, castanha e babaçu.
Nos quatro dias de intercâmbio, os participantes puderam conhecer o beneficiamento da castanha desidratada, dos óleos de castanha e babaçu, do tecido encauchado (emborrachado) com leite da seringa, da farinha do mesocarpo de babaçu, da pimenta Baniwa, de sabonete e xampu de andiroba (produzidos pela Assflor). Também puderam partilhar de experiências mais diversas na Amazônia. No último dia do encontro, a comunidade recebeu a representante da empresa Atina, Tatiana Tavares Silva, para avançar na negociação de contrato para o mesocarpo (farinha) do babaçu.
Confira o vídeo aqui.
http://www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/indios-baniwa-e-waiwai-conhecem-miniusinas-de-processamento-de-produtos-da-floresta-no-xingu
Indígenas baniwa, do Alto Rio Negro (AM), e wai wai, de Roraima, além de moradores da Reserva Extrativista (Resex) do Rio Xingu, na Terra do Meio, e agricultores familiares da Associação Agroextrativista Sementes da Floresta (Assflor), do município de Uruará, encontraram-se com moradores da Resex do Iriri, também na Terra do Meio, no centro-sul do Pará, para conhecer a miniusina de beneficiamento de produtos da floresta instalada na área.
Inaugurada em 2011, a miniusina da comunidade de Rio Novo está sendo reformada e ampliada. O equipamento está permitindo aos extrativistas das Resex do Iriri, do Xingu e do Riozinho do Anfrísio, todas localizadas na mesma região, trabalhar de forma diferente, vendendo seus produtos diretamente às empresas, sem intermediários, e estruturando suas relações comerciais de forma diferenciada (saiba mais).
Hoje, 10 comunidades já implantaram o sistema de cantinas, onde uma pessoa é responsável por receber a produção dos demais comunitários e pagá-los, seja em dinheiro ou em mercadorias de uso cotidiano. Esse sistema permitiu gerar um capital de giro dentro da comunidade que viabiliza os processos de comercialização e beneficiamento de produtos extrativistas, como castanha, babaçu, andiroba, copaíba e borracha.
O objetivo do intercâmbio foi mostrar o que os extrativistas vêm fazendo e inspirá-los a melhorar suas técnicas tradicionais de extração de produtos da floresta e obter renda de forma justa e autônoma, mantendo a floresta em pé.
A atividade reuniu grupos que possuem experiências de comercialização e produção, proporcionando uma intensa troca de experiências e o planejamento de melhorias para as Resex da Terra do Meio, as Casas de Pimenta Baniwa, no Alto Rio Negro, e a produção de castanha dos Wai Wai, em Roraima.
Compartilhar e enriquecer experiências
Além de compartilhar sua rica (e saborosa) experiência com a produção nas Casas de Pimenta baniwa, Alfredo Brazão Baniwa trouxe a castanha do Rio Negro, o uará, para ser processada na miniusina. "Tenho certeza que eu vou praticar esse conhecimento bem próximo da técnica que eu aprendi aqui e um dia vocês serão convidados pra conhecer lá a extração de uará", disse.
Os índios wai wai já estão planejando a construção de dois paióis para organizar a comercialização de castanha nas Terras Indígenas Wai Wai e Trombetas-Mapuera (RR). A ideia é conquistar um contrato justo e ficar independente dos atravessadores, desafio enfrentado por muitas comunidades. A castanha wai wai chamou a atenção no intercâmbio por ser bem grande e por produzir na entressafra das principais regiões produtoras, de maio a agosto, revelando um enorme potencial comercial. O beneficiamento do babaçu também foi novidade para os indígenas, que já falam em construir uma miniusina com essa finalidade em breve.
A próxima miniusina será construída na comunidade Baliza, na Resex do Rio Xingu, onde os moradores já vêm se preparando há bastante tempo, participando de intercâmbios e investindo na organização comunitária para gerenciar o empreendimento, operar os equipamentos e processar principalmente o óleo e o mesocarpo do babaçu, a castanha e frutas. Recentemente estruturaram uma cantina e o capital de giro para viabilizar a comercialização da borracha, castanha e babaçu.
Nos quatro dias de intercâmbio, os participantes puderam conhecer o beneficiamento da castanha desidratada, dos óleos de castanha e babaçu, do tecido encauchado (emborrachado) com leite da seringa, da farinha do mesocarpo de babaçu, da pimenta Baniwa, de sabonete e xampu de andiroba (produzidos pela Assflor). Também puderam partilhar de experiências mais diversas na Amazônia. No último dia do encontro, a comunidade recebeu a representante da empresa Atina, Tatiana Tavares Silva, para avançar na negociação de contrato para o mesocarpo (farinha) do babaçu.
Confira o vídeo aqui.
http://www.socioambiental.org/pt-br/noticias-socioambientais/indios-baniwa-e-waiwai-conhecem-miniusinas-de-processamento-de-produtos-da-floresta-no-xingu
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