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Onda de calor mata mais de mil na Índia
28/05/2015
Fonte: OESP, Internacional, p. A13
Documentos anexos
Onda de calor mata mais de mil na Índia
Maioria das vítimas morreu desidratada; chuvas devem diminuir temperaturas.
NOVA DÉLHI
Pelo menos 1.150 pessoas morreram em uma semana em razão da forte onda de calor que atinge, principalmente, os Estados de Telangana e Andhra Pradesh, no sudeste da Índia, segundo fontes oficiais do governo indiano.
Andhra Pradesh é o Estado mais afetado pela onda de calor extremo. De acordo com a porta-voz do Departamento de Gestão de Desastres da região, Tulsi Rani, 884 pessoas morreram, principalmente nos distritos litorâneos de Guntur e Visakhaptnam.
Sa'adah Bhargavi, porta-voz do Departamento de Gestão de Desastres de Telangana, outro dos Estados mais afetados, afirmou que o número de pessoas que morreram na região em razão das altas temperaturas já chegou a 266.
Segundo explicou à agência de notícias EFE um membro da seção de Desastres de Telangana, B. R. Meena, a maioria das vítimas na região estava na rua a trabalho durante as horas mais quentes do dia e morreu por consequências de desidratação.
As autoridades desses Estados iniciaram campanhas para conscientizar a população para se hidratar e procurar ficar em casa nos momentos de mais intensidade do calor. O governo de Andhra Pradesh anunciou compensações de US$ 1,5 mil para as famílias dos mortos.
A onda de calor que afeta a região ocorre em razão da confluência de um "ar seco" do noroeste e uma área de pressão atmosférica relativamente baixa no leste, segundo o centro meteorológico de Hyderabad (capital compartilhada dos dois Estados).
Os Estados orientais de Bengala e Odisha também foram afetados pela onda de calor. Nas duas regiões, pelo menos 36 pessoas morreram, segundo o jornal local First Post.
Durante a última semana, as temperaturas aumentaram em toda a Índia, principalmente na faixa que cruza o país do noroeste a leste, onde a meteorologia registrou mais de 40 graus centígrados.
No maior hospital público de Nova Délhi, o All India Institute of Medical Sciences, famílias chegam com parentes doentes vindo de todas as regiões da Índia e se aglomeram nos portões da instituição à espera de tratamento. O médico residente Gauray Muyalia, que trabalha na emergência do hospital, explicou que os pacientes que chegam com quadro de insolação normalmente apresentam febre e costumam delirar. "Eles não estão totalmente conscientes nem sabem o que estão dizendo", afirmou ao jornal The New York Times.
O meteorologista do Instituto Climatempo, César Soares, lembrou que o serviço de meteorologia da Índia já está anunciando a aproximação das chuvas de monções, vindas do Oceano Índico. A iminente chegada da temporada de chuvas deve reduzir levemente as temperaturas. "Os grandes acúmulos de chuva devem chegar ao Sudeste Asiático a partir do dia 5", afirmou Soares, em entrevista ao Estado.
Segundo Soares, apesar de o grande número de mortos chamar atenção, a Índia tem um histórico de temperaturas altas no mês de maio. A média, afirmou, pode ficar entre 40 e 43 graus.
A técnica da Somar Meteorologia, Patrícia Vieira, diz que o fenômeno é relativamente comum na região. Patrícia pondera, no entanto, que a diferença no cenário atual é a alta umidade. "As temperaturas estão acima da média, mas há regiões da Síria, por exemplo, que atingem até 50 graus. A diferença é que a umidade na Índia é muito alta", disse ao Estado .Segundo Patrícia, em ambientes com alta umidade, o organismo tem dificuldades para realizar a troca de calor com o exterior, o que pode ocasionar diversas complicações, como a desidratação. /EFE. COM IGOR COSTA e TIAGO NICACIO
OESP, 28/05/2015, Internacional, p. A13
http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,onda-de-calor-no-sudeste-da-india-ja-matou-mais-de-mil,1695063
Maioria das vítimas morreu desidratada; chuvas devem diminuir temperaturas.
NOVA DÉLHI
Pelo menos 1.150 pessoas morreram em uma semana em razão da forte onda de calor que atinge, principalmente, os Estados de Telangana e Andhra Pradesh, no sudeste da Índia, segundo fontes oficiais do governo indiano.
Andhra Pradesh é o Estado mais afetado pela onda de calor extremo. De acordo com a porta-voz do Departamento de Gestão de Desastres da região, Tulsi Rani, 884 pessoas morreram, principalmente nos distritos litorâneos de Guntur e Visakhaptnam.
Sa'adah Bhargavi, porta-voz do Departamento de Gestão de Desastres de Telangana, outro dos Estados mais afetados, afirmou que o número de pessoas que morreram na região em razão das altas temperaturas já chegou a 266.
Segundo explicou à agência de notícias EFE um membro da seção de Desastres de Telangana, B. R. Meena, a maioria das vítimas na região estava na rua a trabalho durante as horas mais quentes do dia e morreu por consequências de desidratação.
As autoridades desses Estados iniciaram campanhas para conscientizar a população para se hidratar e procurar ficar em casa nos momentos de mais intensidade do calor. O governo de Andhra Pradesh anunciou compensações de US$ 1,5 mil para as famílias dos mortos.
A onda de calor que afeta a região ocorre em razão da confluência de um "ar seco" do noroeste e uma área de pressão atmosférica relativamente baixa no leste, segundo o centro meteorológico de Hyderabad (capital compartilhada dos dois Estados).
Os Estados orientais de Bengala e Odisha também foram afetados pela onda de calor. Nas duas regiões, pelo menos 36 pessoas morreram, segundo o jornal local First Post.
Durante a última semana, as temperaturas aumentaram em toda a Índia, principalmente na faixa que cruza o país do noroeste a leste, onde a meteorologia registrou mais de 40 graus centígrados.
No maior hospital público de Nova Délhi, o All India Institute of Medical Sciences, famílias chegam com parentes doentes vindo de todas as regiões da Índia e se aglomeram nos portões da instituição à espera de tratamento. O médico residente Gauray Muyalia, que trabalha na emergência do hospital, explicou que os pacientes que chegam com quadro de insolação normalmente apresentam febre e costumam delirar. "Eles não estão totalmente conscientes nem sabem o que estão dizendo", afirmou ao jornal The New York Times.
O meteorologista do Instituto Climatempo, César Soares, lembrou que o serviço de meteorologia da Índia já está anunciando a aproximação das chuvas de monções, vindas do Oceano Índico. A iminente chegada da temporada de chuvas deve reduzir levemente as temperaturas. "Os grandes acúmulos de chuva devem chegar ao Sudeste Asiático a partir do dia 5", afirmou Soares, em entrevista ao Estado.
Segundo Soares, apesar de o grande número de mortos chamar atenção, a Índia tem um histórico de temperaturas altas no mês de maio. A média, afirmou, pode ficar entre 40 e 43 graus.
A técnica da Somar Meteorologia, Patrícia Vieira, diz que o fenômeno é relativamente comum na região. Patrícia pondera, no entanto, que a diferença no cenário atual é a alta umidade. "As temperaturas estão acima da média, mas há regiões da Síria, por exemplo, que atingem até 50 graus. A diferença é que a umidade na Índia é muito alta", disse ao Estado .Segundo Patrícia, em ambientes com alta umidade, o organismo tem dificuldades para realizar a troca de calor com o exterior, o que pode ocasionar diversas complicações, como a desidratação. /EFE. COM IGOR COSTA e TIAGO NICACIO
OESP, 28/05/2015, Internacional, p. A13
http://internacional.estadao.com.br/noticias/geral,onda-de-calor-no-sudeste-da-india-ja-matou-mais-de-mil,1695063
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