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Governo Alckmin agora aumentará a conta de água

15/11/2014

Fonte: FSP, Cotidiano 1, p. C1



Governo Alckmin agora aumentará a conta de água
Reajuste foi autorizado em abril, mas governo paulista segurou a medida
Índice ainda está sob análise de agência reguladora, mas será acima dos 5,4% liberados há 7 meses

Artur Rodrigues e Eduardo Geraque

Pouco mais de um mês após a reeleição de Geraldo Alckmin (PSDB), o governo de SP anunciou o aumento da conta de água dos consumidores a partir de dezembro.
O anúncio ocorre em meio a mais grave estiagem já registrada no Estado e sete meses após a gestão tucana ter recebido autorização para a aplicação desse aumento.
Quando recebeu aval da Arsesp (agência reguladora de saneamento e energia), em abril passado, o governo Alckmin abdicou desse direito e anunciou que o aumento da conta de água ocorreria em um momento oportuno até o mês de dezembro.
Agora, o reajuste deve ser superior aos 5,4% autorizados sete meses atrás.
Após pedido de reavaliação feito pela direção da Sabesp (estatal do governo paulista), a agência pode incorporar ao índice a inflação acumulada nesse intervalo (quase 3%, pelo IPCA).
A resposta sobre o valor final deve ser dada pela Arsesp nos próximos dias.
A Folha questionou Sabesp e Palácio dos Bandeirantes se as eleições pesaram na decisão de segurar o aumento e somente anunciá-lo agora. O palácio negou qualquer tipo de influência.
Já a Sabesp, em nota à imprensa, ressaltou que em 2014 não foi feito nenhum reajuste na conta e que a definição do percentual é uma responsabilidade da Arsesp.
O último aumento na conta de água, em dezembro do ano passado, foi de 3,15%.
O reajuste vai ocorrer em meio a incertezas sobre o abastecimento de água durante o ano de 2015.

QUEDA NO LUCRO
Ontem (14/11), em comunicado ao mercado, a Sabesp anunciou uma queda em seu lucro líquido de 80,7% na comparação entre o terceiro trimestre deste ano e o mesmo período do ano passado.
O lucro líquido da companhia, de julho a setembro, foi de R$ 91,5 milhões, contra R$ 475 milhões dos mesmos meses de 2013. No período, as despesas aumentaram 40%.
O faturamento pode cair ainda mais no último trimestre, já que o governo resolveu expandir os beneficiados pelo bônus. A partir de novembro, quem economizar acima de 10% já podem se beneficiar do desconto --antes a meta mínima era de 20%.
Em outubro, o índice de adesão ao programa permaneceu em 75%, entre os que conseguiram o bônus e aqueles que reduziram o consumo, mas não atingiram a meta.
O bônus deve ser mantido ao menos até o final de 2015.
Simulações mostram que o sistema Cantareira só deve voltar ao normal a partir de quatro anos, se as chuvas forem dentro da média.
Apesar da queda no lucro e dos esforços para a diminuição do consumo, a venda de água feita pela empresa caiu 0,8% de 2013 para 2014.
Em depoimento à Promotoria, o diretor metropolitano da Sabesp, Paulo Massato, disse que, se não chover bastante nos próximos dois anos, pode faltar água e luz em São Paulo, segundo a TV Globo.


Grande São Paulo terá semana quase sem chuva

O tempo previsto para os próximos dias não deve ajudar a melhorar a situação nos mananciais na região metropolitana de São Paulo.
Segundo dados da Somar Meteorologia, a capital paulista deve ter dias com sol e praticamente sem chuva até pelo menos a próxima quarta-feira (21). E a previsão é semelhante para a Grande São Paulo, onde está a maioria dos reservatórios.
As chuvas de quinta-feira (13) ajudaram a estancar a queda do nível das represas do sistema Cantareira, que está abastecendo 6,5 milhões de moradores atualmente -- contra 9 milhões no início da crise.
Nesta sexta (14), ele estava com 10,8% de sua capacidade, considerando as duas cotas do volume morto (água do fundo das represas).
Mas os sistemas Guarapiranga e Alto Tietê --que, ao lado do Cantareira, são os três maiores da Grande SP-- continuaram a cair.

FSP, 15/11/2014, Cotidiano 1, p. C1

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/195687-governo-alckmin-agora-aumentara-a-conta-de-agua.shtml

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/195688-grande-sao-paulo-tera-semana-quase-sem-chuva.shtml
 

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