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Funasa espera libertar reféns hoje no Amapá
06/07/2006
Fonte: OESP, Nacional, p. A12
Funasa espera libertar reféns hoje no Amapá
Coordenador regional informa que convênio já foi assinado e primeira parcela será depositada
Alcinéa Cavalcante
O coordenador regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) no Amapá, Abelardo Júnior, disse esperar que até hoje sejam libertados os nove funcionários da Funasa que índios mantêm desde segunda-feira como reféns na aldeia do Manga, em Oiapoque, a 600 quilômetros de Macapá. "O convênio entre a Funasa e a Associação dos Povos Indígenas do Tumucumaque (Apitu), no valor de R$ 3,1 milhões foi assinado no fim da tarde de terça-feira e a primeira parcela, de R$ 1,6 milhão, deve ser liberada hoje (ontem). Sendo assim, nossos funcionários serão liberados", contou.
Manifesto lançado por 33 aldeias das etnias galibi, palicur, galibi-marvorno e caripuna ontem avisa que os reféns só serão soltos quando todas as reivindicações forem atendidas. Além do convênio, os índios querem a exoneração de Abelardo Júnior, alegando que ele não tem compromisso com a população indígena do Amapá, e a substituição do gestor do Distrito Sanitário Especial Indígena Amapá e Norte do Pará por alguém escolhido em comum acordo com os povos indígenas.
O Oiapoque tem 33 aldeias, com cerca de 6 mil índios galibi, palicur, galibi-marvorno e caripuna. A aldeia do Manga é dos caripunas. No manifesto, os índios dizem que não vão generalizar as críticas porque reconhecem que a Funasa tem profissionais competentes, que executam suas funções com dignidade e respeito aos povos indígenas. "Todavia, com a crescente influência da partidarização deste órgão, surgem diversas situações de total descaso e desrespeito", reclamam. O coordenador da Funasa no Amapá é uma indicação do PMDB.
Em seu site (www.funasa.gov.br), a Funasa divulgou nota informando que a assinatura do convênio demorou porque a Apitu estava em "situação irregular" no cadastro informativo de créditos não quitados, com "inadimplência na prestação de contas e irregularidade na entrega de documentação necessária exigida por lei". A fundação explicou que hoje, "após publicação da assinatura do convênio no Diário Oficial da União", será efetuado o pagamento da parcela de R$ 1,6 milhão.
A nota conclui com uma crítica à decisão dos índios de fazer reféns. "Atitudes antidemocráticas que colocam em risco a vida de funcionários da fundação que atuam em atendimento à saúde indígena em território nacional em nada contribuem para a melhoria do atendimento às comunidades", diz.
OESP, 06/07/2006, Nacional, p. A12
Coordenador regional informa que convênio já foi assinado e primeira parcela será depositada
Alcinéa Cavalcante
O coordenador regional da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) no Amapá, Abelardo Júnior, disse esperar que até hoje sejam libertados os nove funcionários da Funasa que índios mantêm desde segunda-feira como reféns na aldeia do Manga, em Oiapoque, a 600 quilômetros de Macapá. "O convênio entre a Funasa e a Associação dos Povos Indígenas do Tumucumaque (Apitu), no valor de R$ 3,1 milhões foi assinado no fim da tarde de terça-feira e a primeira parcela, de R$ 1,6 milhão, deve ser liberada hoje (ontem). Sendo assim, nossos funcionários serão liberados", contou.
Manifesto lançado por 33 aldeias das etnias galibi, palicur, galibi-marvorno e caripuna ontem avisa que os reféns só serão soltos quando todas as reivindicações forem atendidas. Além do convênio, os índios querem a exoneração de Abelardo Júnior, alegando que ele não tem compromisso com a população indígena do Amapá, e a substituição do gestor do Distrito Sanitário Especial Indígena Amapá e Norte do Pará por alguém escolhido em comum acordo com os povos indígenas.
O Oiapoque tem 33 aldeias, com cerca de 6 mil índios galibi, palicur, galibi-marvorno e caripuna. A aldeia do Manga é dos caripunas. No manifesto, os índios dizem que não vão generalizar as críticas porque reconhecem que a Funasa tem profissionais competentes, que executam suas funções com dignidade e respeito aos povos indígenas. "Todavia, com a crescente influência da partidarização deste órgão, surgem diversas situações de total descaso e desrespeito", reclamam. O coordenador da Funasa no Amapá é uma indicação do PMDB.
Em seu site (www.funasa.gov.br), a Funasa divulgou nota informando que a assinatura do convênio demorou porque a Apitu estava em "situação irregular" no cadastro informativo de créditos não quitados, com "inadimplência na prestação de contas e irregularidade na entrega de documentação necessária exigida por lei". A fundação explicou que hoje, "após publicação da assinatura do convênio no Diário Oficial da União", será efetuado o pagamento da parcela de R$ 1,6 milhão.
A nota conclui com uma crítica à decisão dos índios de fazer reféns. "Atitudes antidemocráticas que colocam em risco a vida de funcionários da fundação que atuam em atendimento à saúde indígena em território nacional em nada contribuem para a melhoria do atendimento às comunidades", diz.
OESP, 06/07/2006, Nacional, p. A12
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