De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

Noticias

Indígenas do Amapá apontam desafios do uso de drones para o povo Karipuna

05/09/2024

Fonte: Portal Amazônia - https://portalamazonia.com



O uso de drones permitiu aos povos indígenas monitorarem suas próprias terras de forma mais eficiente e precisa.

"É grande, é grande", exclama, admirado, o indígena Moriudem Arara, vice-liderança da aldeia Laranjal, do povo Arara, após pilotar pela primeira vez um drone do projeto de proteção e vigilância e perceber a dimensão do seu território graças às imagens aéreas. Sua experiência no monitoramento do território do seu povo ao longo de sete meses, por meio do projeto 'Ugorogmo: proteção e vigilância territorial na Terra Indígena Arara', agora é compartilhada com a Associação Indígena do Povo Karipuna (AIKA) que inicia a compra de equipamentos para adoção em Terras Indígenas Uaçá e Juminã, no Oiapoque, no estado do Amapá.

"Receber um drone para ajudar no monitoramento de nossa terra é um sonho. E esse encontro é uma boa oportunidade para aprender a partir das experiências dos nossos parentes Arara. O drone vai garantir a segurança da nossa casa e da nossa família, que vem enfrentando invasões para a retirada de madeiras e com a pesca predatória. Precisamos entender sobre regulamentos, manutenção e cuidados no manuseio. Não sabia que tinha tantas regras de segurança. E, por ser um equipamento caro, temos que saber qual o modelo atende melhor nossa necessidade", diz a comunicadora da Aika, Luene Anika. O encontro para troca de experiências, realizado de modo remoto, foi promovido pela assessoria Remar Comunidades, viabilizado pelo Programa COPAÍBAS, que apoia ambos os projetos.

O uso de drones permitiu aos povos indígenas monitorem suas próprias terras de forma mais eficiente e precisa. E tem sido uma ótima ferramenta para identificar atividades ilegais, como desmatamento e invasões. Além disso, o equipamento permite realizar o reconhecimento do território. Mas os desafios para capacitar os indígenas, bem como garantir a durabilidade dos equipamentos, são grandes, como as restrições de altura e distância que limitam o voo e a longitude do operador, os riscos de colisão e responsabilidade civil em caso de acidentes.

"Há grandes responsabilidades nesse uso. Durante o treinamento dos pilotos, aprendemos que o drone pode derrubar um avião teco-teco, comum na nossa região", explica o indigenista, Emerson Maciel, da Unyleya Educacional, que fornece apoio técnico aos projetos da associação Ugorogmo.

Para Joyce Barbosa, que gerencia o componente indígena do Programa COPAÍBAS, a troca de experiências oferece mais autonomia nas escolhas da associação e aproxima saberes entre participantes de projetos similares.

"Dessa forma, a própria comunidade define o que é prioritário para o seu território, contando com a valiosa ajuda daqueles que já realizam esse tipo de monitoramento. O encontro também possibilitou o entendimento sobre os desafios e os aspectos positivos na adoção destas ferramentas", afirma.

O eixo indígena do Programa COPAÍBAS também subsidia o aprimoramento material e técnico de organizações indígenas. Alinhado à Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial de Terras Indígenas (PNGATI), tais ações incentivam o protagonismo, a autonomia e a autodeterminação dos povos em processos relacionados ao controle territorial, proteção ambiental e uso sustentável dos recursos naturais.

*Com informações da Funbio

https://portalamazonia.com/amazonia/indigenas-amapa-desafios-drones/
 

Las noticias publicadas en el sitio Povos Indígenas do Brasil (Pueblos Indígenas del Brasil) son investigadas en forma diaria a partir de fuentes diferentes y transcriptas tal cual se presentan en su canal de origen. El Instituto Socioambiental no se responsabiliza por las opiniones o errores publicados en esos textos. En el caso en el que Usted encuentre alguna inconsistencia en las noticias, por favor, póngase en contacto en forma directa con la fuente mencionada.