De Pueblos Indígenas en Brasil
The printable version is no longer supported and may have rendering errors. Please update your browser bookmarks and please use the default browser print function instead.

Notícias

Em Brasília, mulheres indígenas do Tocantins cobram recursos para Unikrahô e Fundo de Participação das Aldeias

12/09/2023

Fonte: Coluna do Cleber Toledo - https://clebertoledo.com.br




Por Redação última atualização 12 set, 2023 às 9:24

Tenda das Mulheres do Tocantins promove audiência na manhã desta terça-feira, 12, durante agenda da 3ª Marcha das Mulheres Indígenas, que acontece em Brasília. A pauta da agenda será a apresentação de propostas aos congressistas do Estado. O Caderno de Emendas Parlamentares ao Orçamento Federal será entregue na ocasião.

UNIVERSIDADE

Entre as sugestões, as mulheres indígenas da etnia Krahô vão propor recursos para a construção da Universidade Indígena Decolonial Unikrahô, a ser constituída, dentro da reserva da etnia, na Aldeia Manoel Alves, localizada a 8 quilômetros de Itacajá. A Uni-Krahô é um dos projetos do movimento global das ecoversidades, liderado pelo educador indiano Manish Jain. Uma iniciativa internacional por outras formas disruptivas de aprendizagem no ensino superior.

PEDAGOGIA COM A PRÓPRIA COSMOVISÃO

A doutoranda em Antropologia Social, Letícia Jôkàhkwyj Krahô, da Aldeia Sol, é uma das porta-vozes da reivindicação, uma demanda dos jovens indígenas desde 2021. "Ela terá como primazia a formação dos jovens universitários Krahô na sua própria cultura, numa pedagogia diferenciada, com a nossa cosmovisão de mundo. Os cupem [não-indígenas] constroem seu mundo se separando da natureza, nós, os merrin [indígenas na língua Krahô[, não vivemos separados da natureza", diz ela.

QUINTAIS PRODUTIVOS

Outra reivindicação é a implantação do programa "Quintais Produtivos" nas Aldeias Indígenas, programa anunciado pelo presidente Lula da Silva (PT) durante a Marcha das Margaridas, em agosto, que se mostrou eficiente em promover a segurança alimentar. Agora, as mulheres indígenas querem que o programa também as beneficiem, adaptado à sua cultura.

ECONOMIA SOLIDÁRIA

Um outro programa é o "Economia Solidária Indígena", para aquisição de máquinas de costura; fomento dos empreendimentos solidários indígenas; bancos comunitários; feiras de artesanato indígenas e outras ações para geração de renda nas aldeias. A estimativa de investimento é de R$ 4,5 milhões.

AUTONOMIA

A reivindicação das Mulheres Indígenas do Tocantins é também pela criação do Fundo de Participação das Aldeias Indígenas (FPAI). Uma sugestão de minuta de Lei para a criação do FPEI também será apresentada à bancada parlamentar do Tocantins. A proposta é inspirada no Fundo de Participação dos Municípios (FPM). As aldeias indígenas também teriam o repasse mensal de recursos pela União, para que possam contar com a administração dos serviços básicos de saúde, educação, transporte, telefonia e energia, ou seja, a estrutura mínima para a sobrevivência digna dos povos indígenas.

https://clebertoledo.com.br/politica/em-brasilia-mulheres-indigenas-do-tocantins-cobram-recursos-para-unikraho-e-fundo-de-participacao-das-aldeias/
 

As notícias publicadas no site Povos Indígenas no Brasil são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos .Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.