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Trajeto a áreas remotas do AM é obstáculo para serviços básicos a tribos indígenas

29/04/2019

Fonte: G1 https://g1.globo.com/



Na Amazônia, a dificuldade de acesso a áreas remotas é um dos principais obstáculos para manter serviços básicos de saúde, educação e infraestrutura. Em Parintins, uma equipe multidisciplinar de saúde se dedica a uma aldeia no Alto Rio Nhamundá, onde vivem os indígenas da etnia Hixkaryana, que foram diretamente afetados pela saída dos profissionais cubanos do programa Mais Médicos, do Governo Federal.

O Distrito de Saúde Indígena (Dsei) do Baixo Amazonas é responsável pela atenção básica de saúde indígena em cinco municípios: Parintins, Nhamundá, Barreirinha, Boa Vista do Ramos e Maués. No Noroeste do Estado, as estradas d'água cortam ilhas de várzea onde o rebanho engorda no período de vazante.

No passado, a ilha de Nhamundá era local preferido de caça dos indígenas Hixkaryana que moravam do outro lado do rio, em Faro (PA). O rio de águas escuras faz divisa entre os dois maiores estados da Amazônia.

O presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena de Parintins, Miguel Mayawakna, explica o motivo do êxodo. "Eles estão subindo do alto do rio Nhamundá, [porque] os brancos invasores estavam chegando. Os indígenas foram muito longe, aproximadamente 27 cachoeiras. Eles atravessaram devido ao medo", afirmou.

Perseguidos, os Hixkaryana fugiram da morte e da escravidão subindo o rio até as cabeceiras. Na mitologia deles, existem muitos lugares sagrados, como a Serra do Espelho da Lua, onde viviam as guerreiras amazonas.

"Hoje a gente não para aqui, respeitando o que aconteceu. Sabemos que não é bom, então a gente não pisa nessa área, mas ela também é hoje considerada área de estudo", explica o secretário geral do Dsei, Lázaro Txekwé.

A equipe da Rede Amazônica fez uma viagem pelas corredeiras e aldeias indígenas. A etnia Hixkaryana escolheu a região porque a corredeira já serve de segurança. No percurso até a aldeia Kassawa, aparecem elementos da mitologia Hixkaryana, como a pedra encantada que se move se for tocada.


Depois de quase dois dias entre Nhamundá e a cabeceira do rio, a equipe chega à aldeia Kassawa. Foram 285 Km de distância. A série de reportagens continua ao longo da semana na Rede Amazônica.




https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2019/04/29/trajeto-a-areas-remotas-do-am-e-obstaculo-para-servicos-basicos-a-tribos-indigenas.ghtml
 

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